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Capital

Vítimas de roubos relâmpagos, donos de farmácia até desistem de BO

Para presidente do Sinprofar-MS, proprietários estão de "mãos atadas"

Tainá Jara | 14/02/2020 18:41
Bandidos utilizaram chave de fenda para furtar farmácia no Carandá Bosque (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Bandidos utilizaram chave de fenda para furtar farmácia no Carandá Bosque (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Desesperança define a posição do presidente do Sinprofar-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos), Roberto Rosa, quanto aos furtos e roubos ocorridos com frequência nos estabelecimentos. “Estamos de mãos atadas”, afirma. Pelo menos quatro farmácias foram alvos de bandidos em menos de uma semana, em Campo Grande.

Os métodos utilizados pelos criminosos demonstram a vulnerabilidade dos alvos. Vão de arrombamentos a abertura de buraco na parede. Nem mesmo as câmeras de segurança intimidam e alguns agem quando as portas dos estabelecimentos ainda estão abertas.

Embora não tenha estimativa de quantos estabelecimentos amargaram prejuízo com a criminalidade, neste ano, Rosa afirma que os crimes contra as farmácias devem ser bem maior do que os registrados pela Polícia, justamente pelos assaltos relâmpagos.

Ele se queixa da falta de eficácia da polícia. “Nesses casos, os donos acabam nem fazendo BO [boletim de ocorrência], porque o tempo que a polícia leva para chegar no estabelecimento é grande. Sem contar o tempo que se perde na delegacia”, afirmou.

O presidente alerta para os riscos aos funcionários dos estabelecimentos, que costumam ficar abertos entre 14h e 16h por dias. “Todo mundo fica vulnerável. É não são só os de farmácia, mas também os das conveniências e outros locais que ficam abertos por mais tempo”.

Duas em menos de uma hora – Na última sexta-feira, dois homens foram presos após roubarem duas farmácias, durante a noite da última sexta-feira. O primeiro assalto ocorreu por volta das 18h, em unidade no Bairro Coronel Antonino, e o segundo roubo por volta das 19h, em estabelecimento localizado no Bairro Santa Doroteia.

Eles utilizaram uma motocicleta para efetuar os roubos e foram identificados pelas imagens das câmeras de seguranças.

No dia 3 de fevereiro, outras duas farmácias foram alvos de criminosos. Na unidade do bairro Parati, dois jovens foram flagrados, por volta das 2h, abrindo um buraco na parede para tentar furtar o estabelecimento.

No mesmo dia, farmácia localizada na Rua Vitório Zeola, no bairro Carandá Bosque, foi arrombada e os bandidos levaram um cofre com R$ 1 mil. Eles utilizaram uma chave de fenda para entrar no local, onde também chegaram a separar fraldas, perfumes e loções para barbear, mas acabaram não levando os produtos.

Queda - Em nota, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) afirma que entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020 houve redução tanto nos crimes de roubo quanto a furto em comércios da Capital.

Em janeiro de 2019, ocorreram 21 registros de roubo em comércios e em 2020, no mesmo período, foram registrados 16. Portanto, houve queda de 24% nos casos registrados.

Quantos aos furtos, em janeiro de 2019, ocorreram 245 casos de furto em comércios. Em 2020, no mesmo período, foram registrados 218 casos. Portanto, queda de 11% nos casos.

A secretaria recomenda que os proprietários entrem em contato com a Polícia Civil pelo 3318-7874 e registrem os crimes.

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