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Cidades

Cargas atrasam dias e comprometem o abastecimento de alimentos

Priscilla Peres e Viviane Oliveira | 26/02/2015 12:31
Caminhoneiros estão parados há seis dias. (Foto: Marcos Ermínio)
Caminhoneiros estão parados há seis dias. (Foto: Marcos Ermínio)
Fila de caminhões continua em rodovias de MS. (Foto: Marcos Ermínio)
Fila de caminhões continua em rodovias de MS. (Foto: Marcos Ermínio)

Cargas perecíveis ou não, estão paradas nas rodovias devido ao protesto dos caminhoneiros, comprometendo o fornecimento de cidades do país. No km 466 da BR-163, em Campo Grande, tem caminhoneiro com 26 toneladas de carne e com 14 toneladas de produtos alimentícios.

O caminhoneiro Givaldo Luiz Miranda, 47, está há 25 anos na profissão e diz que agora pretende abandonar, por falta de condições de arcar com os custos. Parado no protesto à caminho de Rio Verde de MT, ele carrega 14 toneladas de arroz, macarrão, biscoito e trigo, da empresa Dallas.

Givaldo explica que a carga iria abastecer duas cidades e que a previsão era dele chegar ao destino ao meio-dia de hoje. "Se eu pudesse iria deixar o caminhão na empresa e ir para casa , mas estou sendo impedido de continuar. A carga vai ficar parada e só deve chegar la na segunda-feira".

Ele diz que aprova a manifestação e nesse tempo ele ja teve vontade de comprar um caminhão mas desistiu por causa das despesas. "O caminhoneiro hoje não tem condições de trabalho, além das estradas ruins o motorista não tem ponto de apoio. Foi o tempo em que a profissão dava dinheiro".

Já Ezequiel de Melo, 56, saiu de Rondônia na terça-feira com destino à São Paulo. Ele carrega 26 toneladas de carne em um caminhão com câmara fria e estima que vai atrasar dois dias para chegar. "No Mato Grosso quem estava com carga perecível foi liberado, mas aqui fui perguntar se eu podia continuar e não deixaram seguir", diz.

A preocupação dele é que a câmara fria não pode passar de 7 dias se não estraga. "Só quero deixar claro que eu iria passar, se pudesse, por causa da carga perecível, mas eu sou a favor do protesto, por que a profissão está desvalorizada e o caminhoneiro que é autônomo não tem mais condições de rodar".

Luís Scarpanti, 33, diz que o governo estadual está sinalizando em favor da redução da alíquota do ICMS do diesel e que por enquanto ainda não tem nada concreto por que está em fase de estudo.

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