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Chuva em Campo Grande ficou 75,7% acima do esperado para janeiro

Fernando da Mata | 01/02/2012 11:45

Índice pluviométrico de 369 mm foi registrado nas regiões norte e leste da cidade, segundo meteorologista

Centro de Campo Grande durante chuva na quinta-feira passada (Foto: João Garrigó)
Centro de Campo Grande durante chuva na quinta-feira passada (Foto: João Garrigó)

Campo Grande fechou o mês de janeiro com 369 milímetros de chuva, segundo a estação meteorológica Uniderp/Anhanguera. O índice ficou 75,7% acima do esperado para o período, que era de 210 milímetros.

Somente na tarde da última quinta-feira (26), foram registrados 91 milímetros em menos de uma hora, chuva que causou vários estragos na cidade. Em especial na avenida Afonso Pena, Via Parque, Mato Grosso e bairros Carandá Bosque, Giocondo Orsi, Parque dos Poderes e avenida Ricardo Brandão.

Segundo o meteorologista Natálio Abrão, o índice pluviométrico do mês passado foi registrado nas regiões norte e leste da cidade, que abrange bairros como Nova Lima, Novos Estados, Carandá Bosque, Parque dos Poderes, Noroeste e Chácara Cachoeira.

Em outras regiões da Capital, a chuva ficou mais próxima da média. No sul e sudeste, o índice foi de 222,5 milímetros; já no oeste e sudoeste, 210,8 milímetros.

Em relação à média histórica, que é de 212,6 milímetros nos últimos 50 anos, a precipitação em Campo Grande ficou 74% acima.

Comparativos - O índice de chuvas de janeiro deste ano ultrapassou o registrado no mesmo período dos últimos oito anos.

No primeiro mês do ano passado, por exemplo, choveu 189,5 milímetros. Em janeiro de 2010, foram 299 mm de precipitação.

O índice em janeiros ficou acima da média histórica desde 2005. No ano anterior, foram apenas 93,5 milímetros de chuva.

Via Parque alagada após chuva na quinta-feira passada (Foto: Valmir Guarinão)
Via Parque alagada após chuva na quinta-feira passada (Foto: Valmir Guarinão)

Análise - Segundo Abrão, desde 2005, a cidade sofreu uma urbanização intensa e isso faz com que as temperaturas fiquem mais altas. “A meteorologia relaciona maiores temperaturas com volumes maiores de chuva”, enfatizou o meteorologista.

Desde 2007, de acordo com Abrão, as chuvas são analisadas por volume e tempo. “Se tem grande volume de chuva em um espaço de tempo grande, não tem estragos”, destacou, lembrando que se chove muito em curto espaço de tempo, os estragos são inevitáveis.

“Dentro de uma cidade, nunca vai resolver problemas de chuvas fortes e de umidade. O que tem que fazer é saber administrar. Época de estiagem é de fazer obras, época de chuva é para ficar atento, porque ela vem forte e vai trazer danos com certeza”, reforçou.

Para este mês, o índice de chuva esperado é de 170 milímetros, que pode ser ultrapassado. “A condição do momento é o fenômeno La Nina, que provoca anomalias na distribuição e na intensidade de chuva”, alertou Abrão.

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