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Cidades

Cimi diz que índios estão sitiados em Coronel Sapucaia

Redação | 26/11/2009 09:47

O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) denunciou hoje que os 250 índios guarani-kaiowá que ocuparam uma fazenda na madrugada de ontem em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai, estão sitiados por homens armados. Em nota distribuída pela assessoria de imprensa, o Cimi afirma que na noite de ontem, homens armados ocupando pelo menos dez caminhonetes fizeram ameaças aos índios da comunidade Kurussu Ambá. Tiros teriam sido disparados para o alto, com a intenção de intimidar os índios.

A área ocupada fica entre Coronel Sapucaia e Amambai. Ontem, o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Cristiano Bortolloto, disse que não houve a invasão anunciada pelo Cimi. "O mistério é saber como o Cimi já sabe de uma invasão que nem aconteceu ainda", afirmou ao Campo Grande News. Bortolotto responsabiliza as organizações de defesa dos direitos indígenas pelo clima de tensão entre índios e fazendeiros da região.

Em nota distribuída na manhã desta quarta-feira, o Cimi afirma que índios que ocuparam a fazenda relataram as ameaças praticadas pelos seguranças. "A comunidade, muito assustada, se escondeu no mato e ainda hoje os indígenas estão procurando pessoas que ficaram perdidas na confusão", afirma o Cimi, entidade ligada à igreja católica.

Os 250 guarani-kaiowá que, segundo o Cimi, ocuparam uma fazenda ontem, vivem há quatro anos em um acampamento às margens da MS-289, que liga Amambai a Coronel Sapucaia. Em 2007 eles ocuparam a fazenda Madama, mas foram despejados da área. Os índios acusam seguranças de fazendas da região de executar três lideranças do acampamento, entre eles a rezadeira Julite Lopes, 70, morta a tiro em janeiro de 2007.

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