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Cidades

CNJ diz que cem juízes são ameaçados; pelo menos 2 são de MS

Marta Ferreira | 13/08/2011 11:25

Magistrados que são alvo atuam em processos contra traficantes

O juiz Odilon de Oliveira, que vive sob proteção policial. (Foto: João Garrigó)
O juiz Odilon de Oliveira, que vive sob proteção policial. (Foto: João Garrigó)

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) atualizou ontem à tarde os dados sobre magistrados que sofrem ameaças de morte, com base em informações fornecidas pelos tribunais. No Brasil, são cem magistrados ameaçados.

O relatório mostra que na Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul, não há juízes sobre ameaça. Na esfera federal, o relatório aponta que são três juízes sob ameaça no TRF3 (Tribunal Regional Federal), que inclui a Justiça Federal paulista e sul-mato-grossense.

O CNJ não especifica de quais os estados são os magistrados, mas em Mato Grosso do Sul, dois juízes são apontados como ameaçados por grupos criminosos, o juiz Odilon de Oliveira, que já atuou em Ponta Porã e hoje está em Campo Grande, e a magistrada Lisa Taubemblatt, que atua na cidade fronteiriça.

Os dois lidam com processos envolvendo traficantes. Neste ano, a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) cobrou medidas de proteção aos dois magistrados.

Este ano, em fevereiro, foi descoberto que o bombeiro preso por ligações com o tráfico Ales Marques tinha um plano para matar os dois magistrados, que vivem sob proteção.

Pode ser maior-Os dados do CNJ sobre juízes ameaçados forma divulgados após a morte da juíza Patrícia Acioli, do Rio de Janeiro, na quinta feira. Eles podem ser ainda maiores, pois alguns tribunais não repassaram os dados.

De acordo com o levantamento, há 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situações de risco e 42 escoltados. O CNJ esclarece que muitos se enquadram em duas situações ao mesmo tempo, por exemplo ameaçados com escolta ou em situação de risco com escolta.

Os dados mostram ainda que o Paraná é o estado com o maior número de juízes sob ameaça - 30, seguido pelo Rio de Janeiro, com 13, e pela Bahia, com dez.

Confira o relatório

ameaças.pdf

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