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Cidades

Cochilo, surpresa e cuidados marcam audiência com Zeolla

Redação | 29/11/2010 10:16

Acima do peso, andando com dificuldade e aparentando estar dopado, inclusive com direito a cochilos na cadeira, o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla participou hoje da audiência no Fórum de Campo Grande. Ele é acusado de matar o sobrinho Cláudio Zeolla em março do ano passado.

Hoje, foram ouvidas cinco das oito testemunhas de acusação arroladas. Prestaram depoimento Laura Glaciane Arevalos, José Carlos Youssef Ibrahim, Julio Cezar Feitosa e José Kimei Tobaru. A quinta pessoa não teve o nome confirmado.

A frieza e a calma do procurador na hora do crime chamaram a atenção de José Carlos. Ele relatou ao Campo Grande News, que viu quando Zeolla desceu do Fiesta, parado na rua Bahia, caminhou em direção ao sobrinho e efetuou o disparo.

"Foi tudo com muita calma, devagar demais", recorda a testemunha. José Carlos ligou para a polícia e seguiu o carro de Zeolla. De acordo com ele, até mesmo os policiais se mostravam incrédulos ao verificarem que o carro estava em nome do procurador, que tinha o mesmo sobrenome do homem executado.

A pedido de Ricardo Trad, advogado do acusado, o juiz Carlos Alberto Garcete proibiu a presença da imprensa, que não pôde acompanhar os depoimentos e nem mesmo ficar em frente à sala de audiências.

Sem algemas, trajando calça social preta, camisa azul e acompanhado por uma enfermeira, Zeolla foi visto ao lado dos depoentes. A audiência estava prevista para 8h30, mas começou uma hora depois devido ao atraso do advogado de defesa.

Emoção -Os depoimentos duraram menos de uma hora. Na saída, Zeolla teve uma surpresa. Uma mulher foi hoje ao Fórum com o único intuito de ver o procurador aposentado. "Ele é uma excelente pessoa, que cometeu uma falha num momento de nervosismo", afirma a mulher, que se identificou apenas como Fátima.

O abraço deixou Zeolla emocionado. Durante a saída do Fórum, ele também recebia abraços da enfermeira, que relatou estar preocupada com a saúde do paciente. Segundo a profissional, ele enfrenta uma depressão muito forte.

O procurador aposentado retornou para a Clínica Carandá, onde está internado, em uma viatura da PM (Polícia Militar). Os policiais também demonstravam zelo com o procurador aposentado.

Laudo assinado pelo renomado psiquiatra Guido Palomba aponta que Zeolla é semi-imputável, ou seja, tem consciência parcial de seus atos, e apresenta alta periculosidade social.

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