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Cidades

Com 50,26% da meta atingida, Saúde quer levar às escolas vacina contra HPV

Agência Brasil | 10/09/2015 23:04
Ministro da Saúde anuncia estratégia de vacinação (Foto:Divulgação)
Ministro da Saúde anuncia estratégia de vacinação (Foto:Divulgação)

Mato Grosso do Sul só conseguiu atingir nos primeiros 8 meses de 2015, 50,26% da meta de vacinação de meninas de 9 a 13 anos contra o papiloma vírus humano (HPV). Conforme levantamento do Ministério da Saúde, já foram imunizadas no Estado 32.257 garotas, quando o objetivo é alcançar 48.301. Em Campo Grande, o resultado é pior: foram imunizadas 8.163, 44,38% da meta. Ainda faltam serem vacinadas 4.450 meninas, para atingir o público-alvo de 12.703.

  Para tentar reverter esta situação, que generalizada em todo o País,  é que o Ministério da Saúde pretende repetir no Brasil inteiro  a experiência de 2014. Na primeira etapa da vacinação, feita nas escolas,  100% do público alvo foi vacinado. No mesmo ano, sem esta mobilização, apenas 60% das meninas buscaram a segunda dose da vacina nos postos de saúde. Em 2015, o número de meninas imunizadas caiu mais ainda. No caso de Mato Grosso do Sul, a meta foi até superada, chegando  a 121,23%, com o  atendimetno de 77.134 garotas. Na Capital, 96,38% do objetivo foi alcançado com a imuização de 17.836 meninas. 

 No plano nacional, até agosto, 2,5 milhões de meninas de 9 a 11 anos foram imunizadas, o que equivale a 51% do público alvo, formado por 4,9 milhões de meninas dessa idade. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que, tanto os números no Brasil quanto em outros países, mostram a importância da mobilização das escolas.

Chioro explica que o Ministério da Saúde não pode determinar que as prefeituras mobilizem as escolas, mas anuncia que está fazendo uma forte recomendação às secretarias de Saúde para que isso aconteça.

Outro motivo que levou à queda da cobertura vacinal, segundo Chioro, foi a divulgação de um falso caso de reação adversa grave, no litoral paulista. ”Ficou comprovado que era uma reação de ansiedade, e não por causa da vacina, e que deixou muitos pais ansiosos e meninas com medo. O medo prevaleceu”. Segundo o governo, 60 países usam a mesma vacina e nunca houve casos de reações adversas graves.

A vacina protege contra quatro tipos de HPV: o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, terceira causa de morte de mulheres no Brasil; e o 6 e o 11, que causam 90% das verrugas que aparecem no ânus e na região genital.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer é que, em 2015, surjam 15 mil novos casos de câncer de colo de útero no Brasil. Por ano, cerca de cinco mil mulheres morrem deste tipo de câncer neste país. Izabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, alerta que a doença é precedida por lesões que podem fazer com que mulheres jovens percam partes do útero e assim possam perder a capacidade de engravidar. A especialista ressalta que, com relação ao câncer, os efeitos da imunização serão percebidos no futuro.

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