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Cidades

Comerciante paraguaio deu R$ 15 mil para quadrilha invadir pelotão da PM

Graziela Rezende | 10/12/2013 13:34

“Financiados” pelo crime, o bando que invadiu o pelotão da Polícia Militar em Antônio João, a 279 quilômetros da Capital, gastou R$ 15 mil com o planejamento e equipamentos utilizados na ação. Fábio Wilhans Rodrigues de Miranda, o Piroca, 33 anos, que é sócio do irmão em uma empresa de eletroeletrônicos no Paraguai, foi apontado como a pessoa quem deu o dinheiro para a quadrilha.

Segundo o delegado Alberto Vieira Rossi, responsável pelas investigações, foram gastos dinheiro com a compra de balaclavas (gorro ajustado da cabeça ao pescoço), coletes balísticos, munições, aluguel de armas e combustível para quatro veículos utilizados na ação.

“Eles agem de forma mais agressiva, em uma organização compartimentada, cuja participação é dividida e apenas o mentor fica sabendo do envolvimento de todas as pessoas”, explica o delegado. No trajeto de volta para o território paraguaio, eles ainda colocaram travas no asfalto e mais quatro comparsas armados com fuzil para impedir qualquer ação policial”, conta o delegado.

A tentativa de fuga, no entanto, durou pouco, já que as prisões foram realizadas em seguida. No dia 5 de dezembro, foi preso José Rodrigo Halke Domingues, o Luty, 28 anos, que inclusive já era foragido do Paraná. Em sua casa também foi detido Valdecy José de Araújo, Velho ou Baby, 47.

Este último apresentou um documento falso em nome de Alexandre da Silva Araújo e é considerado o chefe da organização criminosa. Ele possui 14 mandados de prisão por roubos a agências bancárias e carro forte.

As próximas diligências culminaram na prisão de Fábio Wilhans Rodrigues de Miranda, 33 anos, conhecido como Piroca. Ele ficou responsável por guardar as armas e estava em posse de duas pistolas calibre 9 milímetros e uma carabina calibre 44. O próximo a ser preso é Bruno Alberto de Souza, 22 anos, que conduzia um Fiat Uno vermelho, com placas do Paraguai, quando foi abordado.

Ronaldo Almeida Cardoso, o Negão do PCC, cumpria pena no regime semi-aberto de Ponta Porã. As investigações ainda apontaram o envolvimento do cabo da Polícia Militar, Márcio Rodrigues. Além de repassar informações privilegias, ele forneceu um rádio amador e inclusive marcou a data do assalto à agência bancária.

As reuniões eram realizadas na casa de Mauri Nunes, que contaram com a presença do policial nacional paraguaio Antolin Gaona Zayas. A Polícia agora dá continuidade as investigações, identificando ao menos mais quatro foragidos.

Assalto - Mais de 10 bandidos invadiram o pelotão, rendendo dois policiais que estavam de plantão. Eles chegaram por volta da meia noite, após uma ronda pela cidade, quando foram abordados pelo grupo de assaltantes. Os bandidos algemaram os militares e roubaram todo o material bélico que existia no local.

Todos os integrantes da quadrilha usavam coletes a prova de bala, máscaras nos rostos e estavam fortemente armados. A ação dos assaltantes no pelotão durou aproximadamente 20 minutos. Neste tempo, os bandidos bateram nos militares, ameaçaram, roubaram dinheiro da carteira deles e os celulares.

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