ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, QUARTA  08    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Cosan contesta MPF e diz não operar na agricultura de MS

Redação | 11/05/2010 20:14

A multinacional Cosan encaminhou nota ao Campo Grande News esclarecendo que não possui operações agrícolas em Mato Grosso do Sul e que no estado sua única operação é industrial e está ligada à unidade de Caarapó.

Hoje, o MPF (Ministério Público Federal) emitiu comunicado à imprensa questionando os critérios usados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) para conceder empréstimos às multinacionais, como Cosan/Shell e Bunge.

De acordo com a nota, o banco tem financiado o cultivo da cana em áreas indígenas no Mato Grosso do Sul. Segundo o MPF, as usinas Nova América, do grupo Shell/Cosan e Monteverde, da Bunge, receberam empréstimos do BNDES e mesmo assim compram matéria prima cultivada em territórios indígenas.

Em contrapartida a Cosan esclarece que os ativos agrícolas da Nova América S.A Agrícola não foram incorporados pela companhia e permanecem sob o controle de seus respectivos proprietários.

A empresa adquiriu, no ano passado, os ativos da Nova América S.A Agroenergia. Desta forma, conforme a note emitida pela multinacional, a companhia reafirma que não possui operações agrícolas no estado, sendo a Nova América S.A Agrícola responsável pelo fornecimento de cana-de-açúcar da Cosan na região.

A Cosan S.A. ainda informou que não existe nenhuma empresa constituída denominada Cosan/Shell ou qualquer outro nome que se refira a operações conjuntas entre as companhias.

Pela nota do MPF, a unidade Caarapó da usina Nova América fica na região de Dourados, sul do estado e pertence à Cosan, produtora do açúcar União. Em fevereiro deste ano, ela se associou à multinacional Shell, que é signatária do acordo que define que a produção de cana não violará a lei nem os direitos humanos e trabalhistas.

Na denúncia do MPF, há a informação de que a "Cosan/Shell" arrenda a fazenda Santa Claudina, que incide na terra indígena Guyraroca, em Caarapó. A área já passou pelos estudos de identificação e delimitação da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Nos siga no Google Notícias