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Cidades

De MS, três alvos da ação contra tráfico estão foragidos, diz delegado do RJ

Um dos alvos, a família envolvida é de Bandeirantes, segundo o titular da delegacia do Rio de Janeiro

Mayara Bueno | 03/12/2018 15:59
Viatura do Garras durante operação nesta segunda-feira (dia 3). (Foto: Henrique Kawaminami).
Viatura do Garras durante operação nesta segunda-feira (dia 3). (Foto: Henrique Kawaminami).

Dos nove mandados de prisão da operação desencadeada nesta segunda-feira (dia 3), pela Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, três pessoas de Mato Grosso do Sul ainda estão foragidas.

A ação investiga quadrilha responsável pelo tráfico de armas e munições de Mato Grosso do Sul para a capital do Rio de Janeiro. Segundo o titular da delegacia, Fabrício de Oliveira, a família, um dos alvos da operação, é de Bandeirantes e a suspeita é de que a oficina que produzia os ‘mocós’ – como são conhecidos os esconderijos feitos nos carros – seja da mesma cidade.

Entre os presos estão: Sidney Kleber Alves, Cleverson Antunes Quirino, Roney Daniel Alves, Valdisney Ederson Alves e Moacir Teixeira de Freitas. Ainda de acordo com o delegado, Suelen Ohana Alves, Sérgio Pereira Gonçalves e Claudiney Lithewiski de Aguiar são considerados foragidos.

Operação

Em cerca de um ano de investigação, equipes da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) descobriram esquema para o envio de milhares de munições e centenas de armas de fogo do Mato Grosso do Sul para o Rio de Janeiro. A quadrilha, segundo a polícia, funcionava em dois núcleos.

No Rio de Janeiro, ficavam os responsáveis pela compra dos armamentos. Os suspeitos chegavam a viajar para a fronteira frequentemente para “organizar” o esquema. Na capital fluminense, vendiam o material para traficantes, milicianos e contraventores. Os carregamentos eram enviados ao Rio a cada 15 dias, com cerca a 6 a 11 mil munições.

Já o núcleo de Mato Grosso do Sul era o responsável pelo transporte das armas. Segundo o promotor Jorge Furquim, do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado), os envolvidos no esquema tinham pleno conhecimento das estradas da região e contato com pessoas especializadas na produção dos mocós - como são conhecidos os esconderijos feitos nos carros.

As investigações identificaram ainda que esse trabalho era feito por uma única família. “Dos que tiveram a prisão decretada, quatro são irmãos”, detalhou.

Valdisnei Ederson Alves foi detido por policiais do Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira) na cidade a 233 quilômetros da Capital.

Ele era alvo de mandado de prisão e também de busca e apreensão e, Bandeirantes, mas como trabalha em um circo foi encontrado na cidade de Dourados.

Em Campo Grande, Moacir Teixeira de Freitas, de 46 anos, foi preso no local em que trabalhava, no Bairro São Francisco, por policiais do Garras (Delegacia de Repressão de Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). As equipes ainda realizaram buscas na casa dele, no Parque do Lageado.

De acordo com o promotor, Moacir foi apontado como o braço-direito de um dos líderes da quadrilha em Mato Grosso do Sul. Identificado como Sérgio, o homem foi preso durante as investigações do Desarme.

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