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Cidades

Delegacias do interior são responsáveis por grandes apreensões de droga

Luciana Brazil e Graziela Rezende | 03/10/2013 12:16
Nesta quinta-feira (3) foram incineradas pouco mais de 36 toneladas de droga.
Nesta quinta-feira (3) foram incineradas pouco mais de 36 toneladas de droga.
Secretário Jacini durante incineração de drogas no frigorífico JBS. (Fotos:Simão Nogueira)
Secretário Jacini durante incineração de drogas no frigorífico JBS. (Fotos:Simão Nogueira)

As pequenas delegacias das cidades do interior do Estado são responsáveis por grande parte das apreensões de drogas feitas em Mato Grosso do Sul. Das mais de 36 toneladas de entorpecentes incinerados na manhã de hoje (3), no frigorífico JBS, em Campo Grande, cinco toneladas de maconha eram fruto de apreensões feitas na delegacia de Caarapó, a 283 km de Campo Grande, segundo a Polícia Civil.

Também foram incineradas mais de três mil toneladas de maconha que foram confiscadas em Nioaque, a 179 km de Campo Grande. Apesar de serem unidades pequenas e com efetivos limitados, essas delegacias já representam uma parcela importante no combate ao tráfico no Estado. De acordo com a PC, cidades pequenas estão apreendendo quantidades exorbitantes de droga.

Conforme o delegado titular da unidade de Caarapó, Benjamin Lax, a quantidade de maconha apreendida no município é superior ao número divulgado, de 5 toneladas.

As polícias apreendem, pelo menos, o dobro disso no município. No entanto, os flagrantes são encaminhados para o Defron (Delegacia Especializada de Repreensão aos Crimes de Fronteira) ou para o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), que acabam contabilizando a droga apreendida. Apesar do caso ter sido registrado em Dourados, as ocorrências foram em outro município.

Caarapó, assim como outros municípios, serve como corredor para o tráfico, segundo o Benjamin, por causa da posição geográfica. “Nossa cidade é um funil. Contamos com diversas estradas vicinais, por isso nossa atenção deve ser o dobro”, afirmou.

Ele explicou ainda que a droga chega ao município normalmente por Ponta Porã, passando por Amambaí, até chegar a Caarapó. “Se passa por Caarapó sem ser apreendida, ela vai para Dourados e Nova Alvorada do Sul, e de lá é distribuída”.

As apreensões são feitas constantemente, e não há, segundo Benjamin, um período de maior ou menor confiscação.

Além das delegacias do interior, a polícia garante que já consegue identificar como agem os traficantes ou as mulas, o que ajuda no combate ao tráfico. “As mulas são pessoas que recebem de R$ 5 a R$ 15 mil para passar com o carro ou caminhão abarrotado de droga”, disse Benjamin. Ele relembrou o caso em que um homem conseguiu colocar 2,5 toneladas dentro de um carro.

“A pessoa torce para não ser parada. Quando são parados, eles geralmente abandonam o veículo e fogem da barreira policial. Quando eles são presos, eles não sabem nem a origem da droga porque pertence a um grande traficante”, disse. Mas apesar disso, o delegado afirmou que já foi possível desarticular grandes traficantes neste ano.

O delegado da Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico), Rodrigo Yassaka, disse que neste ano houve investimento maior no policiamento. “Isso é para que eles possam atuar de foram efetiva na repressão às drogas e no combate direto ao tráfico, contando com o apoio dos servidores da inteligência”.

Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, neste ano, até o dia 30 de setembro, foram apreendidas 90 toneladas de droga. Deste total, pouco mais de 30 toneladas foram confiscadas pelo DOF e o restante faz parte das ações desenvolvidas pela PM (Polícia Militar) da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da PC.

(matéria editada para correção às 14h34)

Até 30 de setembro deste ano já foram apreendidas 90 toneladas de drogas no Estado pelo DOF, PM, PRF e PC.
Até 30 de setembro deste ano já foram apreendidas 90 toneladas de drogas no Estado pelo DOF, PM, PRF e PC.
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