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Cidades

Denunciados envolvidos em exploração ilegal de madeira

Redação | 06/07/2009 09:03

Foram denunciados à Justiça pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) 14 envolvidos no esquema de sonegação fiscal no transporte e retirada de madeira, desmantelado no dia 11 de maio deste ano pela chamada "Operação Cupim".

Os denunciados são: Julio Alberto Pereira Pinto, Cival Pereira dos Santos, Maurício Fernandes Bueno Filho, Nilton José Baraúna, Maurício de Souza Lima, Jorge Barbieri Figueiredo, Jair Aparecido Dias, Aridalton José de Sousa, Cláudio Aparecido Pereira Pinto, Eva Santos Gonçalves, Demilson de Santi, Cláudio Goliczeski, Hélio Della Vedova de Araújo e José Miguel Milet Freitas.

Todos vão responder em liberdade pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e falsificação de documento público. Segundo nota do Ministério Público, Karine Zanotto, esposa do empresário que liderava o esquema de sonegação, foi arrolada como testemunha porque não havia elementos suficientes da participação dela nas negociatas e Francisco José de Souza não foi denunciado. Ele era auxiliar do ex-funcionário da empresa que prestava serviços ao Posto Fiscal Tributário de Sonora, Cival Pereira dos Santos.

A operação que desmantelou o esquema teve início após a prisão do funcionário terceirizado do Posto de Jupiá de Três Lagoas, Sebastião Mota de Oliveira Filho, que negociava a liberação da passagem de cargas no local.

A partir dele,  a polícia chegou a Júlio Alberto Pereira Pinto, 31 anos, que liderava o esquema de sonegação. Ele mora em Sinop/MT e coordena as empresas dele Silver Line Transporte e Logística Ltda e J.A. Pinto Transporte Ltda, ambas com sede no endereço residencial dele, e que levavam madeira oriunda de Mato Grosso para São Paulo,  Santa Catarina e Paraná, passando por Mato Grosso do Sul.

Segundo apurou a PRF (Polícia  Rodoviária Federal), Júlio pagava agentes tributários para fazerem vistas grossas em relação aos caminhões do empresário que passavam pela fiscalização, quanto à duplicação de notas fiscais usadas por mais de um veículo, como também pelo tipo de madeira transportada, apresentando valor abaixo do mercado,  além da informação do peso não condizer com o real, já que as cargas possuíam 30% a mais do peso permitido.

A duplicação de notas fiscais e carimbos falsos da Receita Estadual foram feitos pelo ex-funcionário da empresa que prestava serviços ao Posto Fiscal Tributário de Sonora/MS, Cival Pereira dos Santos, e ainda contava com a cumplicidade de Francisco José de Souza, que não ausência dele praticava a ação. Cival ainda utilizava a conta bancária da mulher, Eva Santos Gonçalves, para efetuar pagamentos de propina a funcionários corruptos.

Os fiscais deixavam as carretas do empresário passarem sem abordagem, não sendo Fiscalizadas ou emitidas guias de trânsito da mercadoria transportada, causando prejuízos aos cofres públicos.

Durante a operação, que contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal foram cumpridos também 22 mandatos de busca e apreensão de documentos. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e da Delegacia Especializada em Crime Organizado (Deco) também participaram da Operação Cupim. Foram apreendidos R$ 6,8 mil em dinheiro e ainda 12 armas.

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