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Cidades

Desarticulado bando acusado de furtar R$ 70 mil em gado

Redação | 25/11/2009 11:49

Investigações da Polícia Civil resultaram na desarticulação de uma quadrilha acusada de furtar 102 cabeças de gado Nelore, avaliadas em quase R$ 70 mil. Integrantes do grupo trocaram tiros com os agentes e quatro deles foram presos.

Os animais foram furtados dia 13 deste mês de uma fazenda de Nioaque e alguns recuperados sete dias depois em uma chácara na saída para Sidrolândia, em Campo Grande.

Estão presos: Luiz Flávio de Oliveira, 47 anos, Clóvis Reis de Araújo, 41 anos, Anderley de Oliveira Brandão, 28 anos, e Raimundo Nonato Macieira Rodrigues, 45 anos. Já o mentor do bando, Ademor Paz de Lima, 51 anos, está foragido, assim como o sobrinho Agrício Paz de Lima Salvador, 32 anos, e Wanderley Alves dos Santos Gomes, 50 anos.

A investigação do furto ocorrido na fazenda Santa Virgem envolveu policiais civis de Nioaque, Bandeirantes e do 6º DP (Distrito Policial). Eles descobriram que Anderley estava em uma propriedade rural nos fundos do assentamento Santa Mônica, na saída para Sidrolândia, onde o gado também estava escondido. Quando entraram na fazenda, os policiais foram recebidos a tiros.

Depois de tiroteio que durou cerca de cinco minutos, os investigadores conseguiram recuperar 84 cabeças de gado, dois cavalos usados para pegar os animais furtados e uma pick-up Courrier pertencente a Agrício. A partir daí os outros envolvidos foram identificados.

O primeiro a ser preso foi Raimundo Nonato, que estava na cháchara dele, localizada na saída para São Paulo. No local foram apreendidos os três caminhões usados para transportar o gado furtado de Nioaque a Campo Grande. Ele tem um caminhão e, devido à deficiência física, contrata os serviços de Anderley, que tem mandado de prisão em aberto por roubo e foi capturado em casa, na região das Moreninhas.

A partir das prisões, os policiais chegaram aos outros dois. Pelo que foi apurado pela Polícia, Ademor conhece todos os envolvidos na ação, inclusive Luiz Flávio, que arrendou ao mentor a propriedade onde o gado foi encontrado.

A Polícia mantém a operação para tentar prender Ademor, o sobrinho e Wanderley, que era outro motorista dos caminhões com gado furtado. Clóvis também é motorista e contratado por um frigorífico, porém, a empresa não sabia da ligação dele com o bando.

Já Agrício, que é o dono da Courrier, pode ter sido o batedor do transporte do gado. Os caminhões saíram de Campo Grande às 19 horas de 13 de novembro e chegaram com os animais furtados às 5 horas do dia seguinte.

Segundo a Polícia, foram recuperadas 84 cabeças de gado e pelo menos quatro animais morreram. Falta encontrar o restante.

A Polícia encontrou na chácara de Ademor, localizada no Jardim Los Angeles, uma placa na qual ele informa que compra e vende animais. Os policiais foram ao local e não perceberam irregulariades.

Todos negam participação no furto. Luiz Flávio alega que apenas arrendou a propriedade para Ademor e jamais imaginou que fosse para colocar gado furtado.

Já Clóvis, que é motorista de um frigorífico, diz que decidiu fazer o transporte porque a comissão era maior do que a que recebe normalmente e não por ser de gado furtado. Ele destaca que desde a prisão a família passa por constrangimento.

O valor do frete também atraiu Anderley, que nega também ter participado do roubo pelo qual tinha mandado de prisão em aberto.

Já o dono de um dos caminhões usados para o transporte do gado, Raimundo Nonato, alega desconhecer a ação. Ele afirma que quando um funcionário usa o veículo não informa o destino e a carga. No caso de animais, ele diz questionar se tem nota fiscal e GTA (Guia para Transporte de Animais). "Eu nunca roubei acordado vou roubar dormindo", afirma.

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