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Cidades

Doente faz via-crúcis por postos em busca de médico

Redação | 09/10/2010 14:15

Milton David Botrich, de 74 anos, fez uma via-crúcis pela rede pública de saúde de Campo Grande neste sábado à procura de um local que lhe aplicase um medicamento cuja ausência pode custar a sua vida.

Após ficar duas semanas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Câncer, em virtude de um derrame pleural (no pulmão), ele precisa diariamente do medicamento spectromicina. O remédio é diluído em soro e aplicado na veia, procedimento só realizado em posto de saúde.

"Hoje, ele e minha mãe foram até a unidade da Vila Almeida. Falaram que só aplicam o remédio com autorização médica, mas lá não tem médico", relata o advogado Fábio Brazilio Vitorino da Rosa, de 35 anos.

Ele conta que durante a semana o padrasto é medicado no Hospital Universitário. "O problema é no fim de semana", afirma Fábio, que já cogita denunciar o município à justiça por omissão de socorro. "Tentei ligar na ouvidoria do SUS, mas não tem plantão", relata.

Depois de mais de uma hora de espera, Beatriz Rodrigues da Rosa, de 51 anos, esposa de Milton, decidiu ir até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, onde conseguiu atendimento. Fragilizado, Milton precisa ficar em repouso.

De acordo com escala divulgada pela prefeitura de Campo Grande, a UPA Vila Almeida tem três médicos clínico-gerais no período vespertino. Contudo, a reportagem ligou para a unidade e recebeu a informação de que não há clínico-geral no período da tarde, somente à noite. A sugestão da atendente é procurar qualquer outro posto 24 horas.

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