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Cidades

Em greve, servidores do Trabalho "enterram" Lula

Redação | 19/08/2010 09:34

Em greve desde ontem, servidores da SRT (Superintendência Regional do Trabalho) fizeram esta manhã um protesto em frente ao prédio do órgão, localizado Rua 13 de Maio, região central de Campo Grande.

Eles levaram um caixão com fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e caixas de som para a manifestação.

Os servidores cobram a criação de um PCC (Plano de Cargos e Carreiras) para a categoria.

A greve dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego se arrasta há 135 dias no País e começou ontem em Mato Grosso do Sul.

O Estado tem 84 funcionários e todos aderiram à paralisação. Somente em Campo Grande, são 45 trabalhadores que mantêm apenas efetivo para atender casos considerados urgentes.

O salário inicial para servidores que concluíram o ensino médio é de R$ 2.082,27, enquanto aqueles que estão no fim de carreira recebem R$ 2.645,55.

Já para trabalhadores que têm nível superior começa em R$ 2.994,00 e termina em R$ 4.982,00.

De acordo com o servidor Carlos Augusto Ferreira de Sá, em todo o País são 5.419 servidores do Ministério do Trabalho e Emprego.

Já o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), órgão considerado co-irmão, conta com 35 mil funcionários.

O orçamento anual dos dois órgãos também apresenta disparidades, segundo Carlos Augusto.

O Ministério dispõe de R$ 84 milhões enquanto o INSS tem R$ 211 milhões.

Carlos Augusto enfatiza que, embora com número reduzido de trabalhadores, o Ministério faz 72 milhões de atendimentos por ano enquanto o INSS faz 63 milhões.

"Eu entrei há 24 anos no Ministério do Trabalho, tenho duas faculdades, pós-graduação, especialização e minha folha não progride", completa Carlos Augusto.

Já a agente-administrativo Lucineide Miranda de Souza questiona os pesos diferentes quanto à função que exerce. "Como nós que cuidamos dos trabalhadores não temos nós mesmos condições de trabalho".

Durante a greve - Enquanto os trabalhadores estiverem em greve somente atendimentos emergenciais serão feitos, entre eles: seguro-desemprego, emissão de carteira de trabalho e fiscalizações.

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