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Cidades

Em MS, caminhoneiros seguem trabalhando e aguardam reunião com Governo Federal

Paula Maciulevicius | 30/07/2012 10:59

Segundo o movimento União Brasil Caminhoneiro, a decisão é de seguir a rotina até que a União se reúna com Ministério dos Transportes

Apesar do anúncio de greve no dia 25, o movimento no Estado foi normal. Trabalhos seguem sem previsão de paralisação. (Foto: Pedro Peralta)
Apesar do anúncio de greve no dia 25, o movimento no Estado foi normal. Trabalhos seguem sem previsão de paralisação. (Foto: Pedro Peralta)

Em Mato Grosso do Sul os caminhoneiros começaram a semana trabalhando e por enquanto não há previsão de protesto ou paralisação. Segundo o membro do movimento União Brasil Caminhoneiro, Roberto Sinai, a decisão é de seguir a rotina até que a União leve a pauta de reivindicações ao Ministério dos Transportes.

“O último boletim que a União soltou, dizia que as conversas estão bastante adiantadas, o Ministério deve receber as reivindicações entre amanhã e quinta-feira”, relatou Sinai.

Em pauta, o principal pedido é de um prazo maior para pagar o financiamento de veículos. A União sustenta que a frota foi toda renovada de três anos para cá e agora com a diminuição da jornada de trabalho, está difícil para cumprir com as parcelas.

“Toda categoria investiu pesado na renovação da frota. A categoria já está pronta e atendendo a lei. Mas é preciso renegociar o prazo de financiamento, porque o motorista não tem ganhado o suficiente para pagar”, explica Sinai.

Outro ponto reivindicado pela categoria é de que a determinação de intervalos durante a jornada de trabalho não condiz com a logística oferecida nas estradas. “A lei determina paradas, mas os postos não tem espaço físico para comportar e o Governo não investiu. A gente acaba sendo atingido pela lei e vira um problema de segurança pública, porque quem vai proteger o motorista que vai ter de parar em qualquer lugar?”, questiona.

Por enquanto no Estado os trabalhos seguem normalmente, fazendo o horário estabelecido pelo estatuto do motorista, de jornada de 8h por dia com até duas horas extras.

“Não tem como esperar a reunião com o Ministério de braços cruzados. Vamos esperar uma solução trabalhando”, finaliza Roberto Sinai.

Paralisações - Caminhoneiros de todo o País se programaram para cruzar os braços no último dia 25 em prol de melhorias para a categoria. Apesar do anúncio de greve o movimento de veículos pesados nas estradas de Mato Grosso do Sul foi normal.

As movimentações previstas e que acontecem em todo País são reivindicando a Lei 12.619, que regulamenta a profissão de motorista e fixa a jornada diária de trabalho em 8 horas num intervalo mínimo de 1 hora para refeição e semanal de 44 horas. Fica determinado também repouso diário de 11 horas após 24 horas, intervalo mínimo de meia hora após 4 horas trabalhadas.

Essa lei estabelece o máximo de 2 horas extras por dia, com acrescimento de 50% pela hora normal. A hora noturna entre 22 horas e 5 da manhã tem acrescimento de pelo menos 20% sobre a hora diurna.

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