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Cidades

Empregado de Zeolla também pode responder por crime

Redação | 12/05/2010 10:11

O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, enviou ofício à vara de Infância e Juventude para que seja apurado o envolvimento de Etevaldo Luiz Ferreira Machado, atualmente com 18 anos, na morte de Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, que foi assassinado pelo procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, tio da vítima.

Conforme o documento, "há indícios fortes de prática de atos infracionais, sobretudo participação no delito de homicídio qualificado e condução de veículo automotor sem habilitação". Na época do crime, em março do ano passado, o rapaz era menor de idade. Na ocasião, ele não foi qualificado como cúmplice pela Polícia Civil.

Conforme a investigação policial, ele não sabia da intenção do procurador quando o levou ao local do crime e quando proporcionou a fuga, Zeolla estava armado. Além disso, ele mantinha com o procurador um vínculo de subordinação´.

Passos - O jovem trabalhava como serviços gerais para Zeolla e também era seu motorista particular, apesar da idade mínima para ser obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) ser de 18 anos. O jovem relatou à policia que recebeu ordem do procurador para levá-lo na rua Bahia, esquina com a Pernambuco. Ele conduzia o veículo Fiesta que pertencia a Zeolla.

Ao avistar Cláudio, Zeolla mandou que o adolescente seguisse o jovem com o carro. Quando emparelhou, o procurador, que estava no banco traseiro, abriu a porta desceu e atirou, acertando a nuca do sobrinho. Na sequência, disse o garoto, Zeolla voltou para o carro e falou: "Dirige. Não do jeito que te ensinei, mas do jeito que você sabe", indicando que ele deveria acelerar.

O rapaz dirigiu até a saída para Três Lagoas e depois retornou para Campo Grande. Zeolla alegou que matou o sobrinho porque o rapaz havia agredido o avô (pai do procurador), um dia antes. No entanto, testemunhas dizem que o idoso não foi agredido, apenas teve uma briga com o neto. O procurador aposentado está internado na Clínica Carandá. Américo Zeolla, pai do procurador, morreu vítima de infarto no último dia 28 de abril.

De acordo com o juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude, Danilo Burin, apesar de já ter 18 anos (maioridade penal), o jovem responde por atos infracionais cometidos quando era menor de idade. Para um adolescente, a punição máxima é de três anos de internação na Unei (Unidade Educacional de Internação). A medida sócioeducativa é aplicada até os 21 anos.

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