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Ausências e questões de interpretação marcam concurso da Câmara

Candidatos consideraram provas do processo seletivo fáceis, mas que exigiam atenção com interpretação de texto; provas de nível médio acontecem à tarde

Humberto Marques e Kleber Clajus | 17/12/2017 12:55
Últimos candidatos a deixarem a Uniderp já encontravam do lado de foram concorrentes a cargos de nível médio, cujas provas acontecem à tarde. (Fotos: Marcos Ermínio)
Últimos candidatos a deixarem a Uniderp já encontravam do lado de foram concorrentes a cargos de nível médio, cujas provas acontecem à tarde. (Fotos: Marcos Ermínio)

Candidatos aos cargos de nível superior em disputa no concurso público da Câmara de Campo Grande deixaram as salas de aula avaliando que as provas da primeira fase, realizadas na manhã deste domingo (17), exigiram principalmente atenção na hora de definir as respostas. Além disso, disseram-se impressionados com a quantidade de ausentes nesta primeira fase. Com quatro horas de duração, o exame teve início às 8h e foi encerrado às 12h.

Com isso, candidatos que estiveram entre os últimos a deixarem os locais de aplicação das provas acabaram encontrando concorrentes aos cargos de nível médio, que realizarão as avaliações a partir das 14h. Algumas pessoas, porém, vão emendar as duas provas.

É o caso do assistente de biblioteca Jefferson Luiz Espíndola, 48. “É a primeira vez que faço essa modalidade de prestar concurso para dois cargos no mesmo dia”, afirmou, ao sair do campus da rua Ceará da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), prevendo ficar sem almoço para a jornada dupla. “Não fica tão cansativo pelo número de questões”, emendou.

Segundo Espíndola, a primeira prova do dia foi “relativamente fácil para quem estudou”. Outros candidatos ouvidos pelo Campo Grande News apontaram que o exame exigiu atenção à interpretação de textos.

“A prova foi fácil, mas foi preciso bastante atenção, senão, era induzido ao erro”, disse a contadora Juciene da Rocha, 49, que também vai realizar duas provas neste domingo na Uniderp. A opinião foi a mesma da bióloga Julia Satyro, 25, segundo quem a interpretação, principalmente nas questões de Língua Portuguesa, foi determinante. “Fora do contexto, a resposta poderia estar errada”.

Provas aplicadas pela manhã foram encerradas às 12h
Provas aplicadas pela manhã foram encerradas às 12h

Horário – O estagiário de advocacia Luiz Pereira, 22, decidiu antecipar a chegada a fim de não correr risco de perder a prova da tarde. Ele se queixou do fato de não estar claro se as provas seriam aplicadas no horário de Brasília ou de Mato Grosso do Sul.

“Quase perdi uma vez concurso por causa disso. /O ideal seria colocar o horário”, disse o candidato, que, preocupado em possíveis problemas no preenchimento da prova, levou sete canetas à Uniderp.

O concurso da Câmara da Capital foi organizado pela Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura). Secretário-executivo da instituição, Herbert Assunção afirmou que os horários da aplicação das provas foram bem especificados, e que “todos os candidatos tiveram a liberdade de entrar em contato com a organizadora para sanar dúvidas”.

Assunção afirmou que não houve incidentes nessa primeira fase da seleção. Contudo, confirmou que o número de ausências chamou a atenção. Os dados, porém, só serão finalizados depois da realização das provas no período vespertino.

Com 70 vagas em disputa em diferentes cargos, o concurso da Câmara teve pouco mais de 18 mil inscrições habilitadas. Deste total, 9.777 foram para o cargo de assistente administrativo, que exige nível médio e cujas provas serão realizadas nesta tarde. Outros 5.262 candidatos disputam 20 vagas de técnico administrativo, e 1.538 concorrem a uma das 18 de técnico administrativo.

O processo seletivo foi marcado pela prorrogação das inscrições e, ainda, pela nova definição da data das provas –que inicialmente seriam realizadas em novembro.

Lucro – O concurso também representou uma oportunidade para algumas pessoas conseguirem uma renda extra. Permanecendo toda a manhã em frente à Uniderp, a copeira Sirlei Rodrigues, 56, disse que aproveitou o último concurso do ano “para garantir as lembrancinhas de Natal para a família”.

Pela manhã, ela afirma ter vendido 120 garrafas d’água. Para a tarde, ela dobrou o estoque.

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