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Candidatos criticam confusão e colocam concurso em xeque

Lidiane Kober e Kleber Clajus | 22/06/2014 14:39
Após sumiço de provas, parte dos candidatos a vaga na PRF voltaram às salas de aula para efetivar o teste (Foto: Cleber Gellio)
Após sumiço de provas, parte dos candidatos a vaga na PRF voltaram às salas de aula para efetivar o teste (Foto: Cleber Gellio)

Confusão no dia 25 de maio, que obrigou marcar nova data da prova para 415 inscritos no concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal), voltou a arrancar críticas dos candidatos, neste domingo (22), dia do teste escrito. Muitos colocaram em xeque o processo seletivo, principalmente, por não encontrar explicação para o sumiço das provas.

“O ideal seria anular todo o concurso e reaplicar o teste em todo o país”, defendeu o diretor de autoescola, Cleuson Silva, de 37 anos. Ele disse que só foi hoje realizar a prova por “desencargo de consciência”. Depois de tudo o que aconteceu não acredito na seriedade do concurso”, emendou.

A insatisfação também rondou a cabeça da publicitária Iara Ferro, de 40 anos. “Acredito que não seja justo fazermos a prova agora, porque não ocorre em iguais condições de concorrência”, analisou. Um dos principais motivos da incerteza dela gira em todo da possibilidade de o concurso voltar a ser anulado como um todo, como defendem algumas entidades e candidatos.

A programadora de sistemas Laura Costa, de 36 anos, classificou o processo seletivo como “duvidoso”, mas evitou desanimar. “Fiquei decepcionada, até pensei em pedir o dinheiro de volta, mas não vou desistir. Só espero que a prova consiga chegar até a banca de correção”, comentou.

Professora de canto, Gabrielle Oliveira, de 28 anos, considerou a remarcação das provas “uma resposta a busca por direitos”. “Foi horrível e desestimulante psicologicamente ver o sumiço das provas, fiz cursinho, gastei dinheiro que não tinha e já estava preparada para a primeira prova”, disse.

Contrária a decisão de anulação parcial do concurso, mesmo sem estar entre os 415 que ficaram sem a prova no dia 25 de maio, a estudante Danúbia Nascimento de Oliveira, de 30 anos, foi acompanhar a realização das provas, neste domingo, na Unigran. “Não concordo com a reaplicação das provas, gostaria que fosse refeita com todos os candidatos”, afirmou. “Eles tiveram 30 dias a mais de estudo e uma prova na mão”, explicou.

A jovem está entre os que acionaram a Defensoria Pública e o MPU (Ministério Público da União) para anular como um todo a prova. “Não se consegue achar um explicação para o sumiço das provas, mesmo quem não recebeu a prova não concorda”, finalizou.

O caso - No dia 25 de maio, candidatos que foram ao colégio Dom Bosco para fazer a prova se revoltaram com o fato de os cadernos com os testes não terem chegado ao local e nenhuma orientação ter sido dada. Muitos foram embora e outros ficaram no local, o que provou tumulto. Quatro equipes da Polícia Militar estiveram na escola.

A fundação chegou a divulgar, em nota, que houve atraso de cerca de uma hora na chegada das provas no colégio Dom Bosco, mas que os candidatos é que não quiseram fazer o teste e acabaram provocando tumulto. No mesmo texto, a fundação afirmou afirmou a “lisura” do processo seletivo não havia sido comprometida.

O concurso da PRF oferece 216 vagas de agente administrativo. O salário é de R$ 2.043,17 para jornada de 40 horas semanais. Do total das oportunidades, 5% são reservadas para pessoas com deficiência. Ao todo, 259.136 candidatos se inscreveram, concorrência média de 1.199 pessoas por vaga.

Polícia foi à Unigran para atuar em caso de nova confusão (Foto: Cleber Gellio)
Polícia foi à Unigran para atuar em caso de nova confusão (Foto: Cleber Gellio)
Candidatas foram ao local das provas cobrar a anulação total do concurso (Foto: Cleber Gellio)
Candidatas foram ao local das provas cobrar a anulação total do concurso (Foto: Cleber Gellio)
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