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Cidades

Estado teve prejuízo de R$ 33 milhões com pirataria

Redação | 07/10/2009 14:18

Mato Grosso do Sul teve prejuízo de R$ 33 milhões somente no ano passado com a comercialização de software piratas. A informação é da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), que está em Campo Grande para capacitar policias para identificação de produtos piratas. Essa é a primeira vez que a Abes faz esse tipo de ação em Campo Grande.

A quantia é o que o Estado receberia se houvesse a comercialização dos produtos originais. No levantamento é levado em consideração somente a pirataria de software. Se fossem analisados dados também de CDs, calçados, vestuário, entre outros, com certeza esse número seria bem maior.

Mato Grosso do Sul é 17º Estado com os maiores prejuízos. De acordo com um estudo realizado pelo IDC (International Data Corporation), se a pirataria do setor fosse reduzida dos atuais 58% para 50%, a região geraria mais de 600 empregos diretos e indiretos, a indústria local de tecnologia teria um acréscimo no faturamento superior a R$ 49 milhões e o Estado um aumento na arrecadação de impostos da ordem de R$ 8 milhões.

Segundo Antônio Eduardo Mendes da Silva, coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da Abes, a proximidade com a fronteira faz com que o Estado seja um consumidor em potencial de produtos piratas.

Em cadeia -Com o exemplo de um pequeno empresário de software de São Paulo, Antônio explica como a pirataria pode causar prejuízo a toda uma cadeia econômica: "O empresário que tem 20 funcionários fez um software de gestão empresarial . Em um determinado dia viu o produto pirata do desenvolvido por ele e já começou a calcular o prejuízo e possíveis demissões".

Ou seja, quando um produto é pirateado e comercializado, empregos são tirados e consequentemente reduz a arrecadação do Estado.

Outro prejuízo causado pelo comércio é ao próprio consumidor, que fica sem garantias em relação ao produto. Ele não pode ser trocado ou ter uma manutenção adequada. Além disso, em casos de CDs e DVDs, nos originais há encartes com informações sobre o produto.

A pirataria não é só a cópia de CDs de música, de filmes, de software. Há bolsas, roupas, tênis, celulares, isqueiros e até colas piratas.

O consultor da BPG (Grupo de Proteção à Marca), Luiz Cláudio Garé, também está na Capital para dar treinamento a policiais e palestra de conscientização e orientação a estudantes e educadores.

No caso desse tipo de pirataria, o que inicialmente pode ser um lucro para o consumidor, pode acabar se tornando um prejuízo muito alto. "Olha o tênis. Não tem flexibilidade. Pode acontecer uma lesão no pé de quem usar", alerta Luiz.

Outro exemplo dado por Luiz é um isqueiro, que até apresenta selo do Inmetro. (Instituto Nacional de Metrologia). A chama do isqueiro original é menor, portanto, o risco de acidentes diminui. No caso do isqueiro pirata, a chama é alta e permanece por mais tempo acesa.

Luiz explica também que o comércio de produtos piratas enriquece as organizações criminosas e os fábricas chinesas.

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