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Cidades

Explosão de bombinha em escola vai parar na delegacia

Redação | 16/06/2010 11:59

Entre os estudantes de Campo Grande a expressão levar bomba na escola vem sido cumprida ao pé da letra e em vez de significar reprovação ganha o sentido de vandalismo.

Em uma semana, foram registrados na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) três casos em que alunos levaram os artefatos explosivos para o ambiente escolar.

A ocorrência mais grave foi registrada no dia 10, quando uma bomba caseira explodiu no banheiro da escola estadual Clarinda Mendes de Aquino, causando estragos ao prédio e ferindo uma mulher de 25 anos e uma adolescente de 15 anos.

Nesta quarta-feira, mais um caso "explosivo" foi parar na delegacia. Uma aluna de 12 anos levou uma bombinha para a escola municipal Nelson de Souza Pinheiro, no Jardim Corumbá. Ela conta que a intenção era jogar o artefato pela janela do banheiro "só para fazer barulho".

Porém, a bombinha bateu na janela, explodiu e destruiu um vaso sanitário. A garota comprou a bombinha em uma conveniência do bairro São Caetano, onde mora com a família.

Diretora da escola há 15 anos, Edir Ferreira de Vasconcelos, de 56 anos, relata que os pais relegam à escola o papel de educar. "A situação tem ficado difícil. A família não tem mais cuidados. Os pais entregam os filhos para a escola, mas a escola só fica quatro horas do dia com ele e a família fica as outras 20 horas".

De acordo com a delegada Maria de Lourdes Cano, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) proíbe a venda de artefato explosivo para menores de idade. "O adolescente não pode comprar bombinha". Se flagrado, o vendedor pode ser processado.

Como não houve violência nem grave ameaça à pessoa, a adolescente será liberada após os pais assinarem termo de responsabilidade. A garota vai responder por dano ao patrimônio público.

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