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Cidades

Falta de UTI para bebê indígena gera tumulto em Dourados

Redação | 08/01/2010 10:54

A falta de um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para uma criança indígena recém-nascida, transferida de Coronel Sapucaia, provocou tumulto na noite de ontem no Hospital da Mulher, em Dourados. O bebê chegou a ficar quase três horas dentro da ambulância, aguardando atendimento, fato que revoltou as pessoas que estavam no hospital. A criança, da etnia guarani, é da aldeia Taquaperi.

A menina, de quatro dias de vida, foi retirada da ambulância e o bebê-conforto em que ela estava foi colocado no chão, na entrada do hospital. Sob protesto da população, os funcionários levaram a menina para a UTI. A pedido do promotor de Justiça Paulo César Zeni, Justiça chegou a emitir uma ordem para o hospital atender a criança, mas a menina já estava na UTI quando a decisão judicial foi assinada.

De acordo com a rádio Grande FM, a menina nasceu com bronco-pneumonia, convulsão e insuficiência respiratória. Ontem, o quadro de saúde da criança agravou e ela foi encaminhada para o hospital de Dourados, por designação da Central de Vagas, controlada pela Secretaria Estadual de Saúde.

Acompanha pela mãe, Cleide Gomes Moreira, por um médico e uma enfermeira, a criança foi encaminhada para Dourados. Quando a ambulância chegou ao Hospital da Mulher, por volta de 18h, a mãe foi informada que não tinha vaga na UTI. Mesmo correndo risco de morte, a criança não foi atendida e teve de ser mantida dentro da ambulância, no balão de oxigênio.

Representantes do Conselho Tutelar e o presidente do Conselho e Saúde Indígena, Fernando Souza, foram ao local para cobrar o atendimento imediato à criança. Diante do tumulto, funcionários do hospital chamaram a Polícia Militar, que mandou duas viaturas ao local. Por volta de 21h a criança foi levada para a UTI, onde permanece internada.

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