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Cidades

Famasul culpa Funai por morte de PM e cobra um basta em conflitos

Helton Verão e Mariana Lopes | 13/04/2013 16:21
Diretores durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado (Foto: João Garrigó)
Diretores durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado (Foto: João Garrigó)

A diretoria da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul) culpou a Funai (Fundação Nacional do Índio) pelos conflitos entre proprietários rurais e índios, que já resultaram em duas mortes neste ano no Estado. 

Ontem, o cabo aposentado da Polícia Militar, Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, foi assassinado durante confronto com indígenas em Douradina, no início da noite.

A Famasul considera a situação alarmante e que a Funai, que é responsável por organizar os índios, tem apenas os inflamado, além de transparecer a insegurança judicial. Segundo os integrantes existe uma indiferença da Justiça Brasileira em relação a aplicação das leis contra os indígenas.

A direção quer uma posição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso em relação as demarcações. “O ministro tem o poder de dar um basta e acalmar isso. Se houvesse empenho do Governo Federal, teríamos mais resultados”, comenta Almir Dalpasquale, diretor-tesoureiro da Famasul.

A Federação fala em erro no passado quando as terras, que antigamente já foram indígenas, foram vendidas aos produtores. A guerra acontece por causa das invasões para forçar as demarcações. A entidade defende uma compensação aos produtores que possuem documentos legais.

Segundo versão da Famasul, o policial militar Arnaldo Alves Ferreira foi cercado por cerca de 30 índios em sua propriedade e teria sido assassinado após ter sido amarrado a uma árvore e atingido por golpes de facão e flechas. Um garoto de 13 anos estava dentro da casa, ele conseguiu fugir e chamar socorro.

Conforme as primeiras investigações, o policial suspeitou do furto de gado em sua propriedade rural. Ele instalou cerca elétrica para evitar os roubos, mas acabou entrando em conflito com os índios.

BalançoEm Mato Grosso do Sul, 13% do seu território é indígena. Atualmente 56 propriedades estão invadidas por índios, a maioria na região Sul do Estado. Todos os proprietários dessas terras possuem documentos legítimos sobre elas.

A Funai tem 80 ações na Justiça sobre conflitos entre proprietários e indígenas. Esta foi a segunda morte neste ano.

A primeira foi de um adolescente de 15 anos, morto com um tiro na cabeça, no último dia 17 de fevereiro, em uma estrada que separa a aldeia guarani-kaiowá tey´ikue de fazendas na cidade de Caarapó.

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