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Cidades

Grupo de 8 haitianos é preso por entrada ilegal no País

Redação | 17/03/2010 14:45

Um grupo de oito haitianos foi detido hoje, por volta das 13 horas, em Miranda por entrada ilegal no Brasil. Denúncia anônima levou os policiais até um hotel da cidade, onde os estrangeiros estavam hospedados desde domingo passado. São 5 mulheres, 2 homens e 1 criança.

"A situação é de dar dó", comenta o delegado do município, João Reis Belo. A ação, desenvolvida em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, encontrou um grupo de aparência abatida, sem dinheiro e nem bagagem, conta o delegado.

Entre os oito, estão pai, mãe e filho, de apenas seis anos de idade, também em companhia de tios.

A comunicação com os haitianos foi possível graças a um policial rodoviário federal que fala francês, a língua oficial do Haiti.

Mas a conversa não trouxe muitos esclarecimentos. Ninguém informou qual era o destino, e se mais pessoas entraram em Mato Grosso do Sul da mesma forma.

Os haitianos detidos nesta tarde contaram que vieram pela Panamá até a Bolívia, de onde seguiram em dois táxis até Miranda, entrando por Corumbá,

"Aqui eles chegaram quase sem dinheiro, não tinham nem para pagar tudo o que deviam ao hotel. Ficaram devendo R$ 90,00", diz o delegado.

O grupo é trazido para a Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, onde deve chegar por volta das 16 horas e depois devem ser deportados.

Todos, com exceção do menino, têm passaporte, porém faltam os vistos de entrada no País.

No dia 25 de fevereiro, o Campo Grande News informou sobre grupo de 52 haitianos, incluindo 28 crianças, que tentava entrar no Brasil. Na época, a Agência Efe divulgou que eles estavam em Puerto Suárez e de lá pretendem seguir para Corumbá.

Na reportagem, a fiscal de Casos Especiais do Ministério Público do departamento (estado) boliviano de Santa Cruz, Francisca Rivero, confirmou que os haitianos tentarão atravessar a fronteira no fim de semana. "Eles estão à espera de uma permissão para entrarem no Brasil".

Os haitianos fazem parte de um grupo ainda maior, de 88 pessoas, que chegou à Bolívia após atravessar a fronteira daquele país com o Peru em 27 de janeiro, fugindo depois dos prejuízos com terremoto em janeiro.

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