ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Horário de Verão chega ao fim entre saudades e alívio para madrugadores

Aline dos Santos | 20/02/2015 10:21
Relógio deve ser atrasado em uma hora na madrugada de sábado para domingo. (Foto: Marcelo Calazans)
Relógio deve ser atrasado em uma hora na madrugada de sábado para domingo. (Foto: Marcelo Calazans)
No time dos madrugadores, Jeferson torce para fim do horário de Verão. (Foto: Marcelo Calazan)
No time dos madrugadores, Jeferson torce para fim do horário de Verão. (Foto: Marcelo Calazan)
Para Anderson, o importante é chegar em cada ainda com a luz do sol. (Foto: Marcelo Calazans)
Para Anderson, o importante é chegar em cada ainda com a luz do sol. (Foto: Marcelo Calazans)

Instituído pela primeira vez em 1931, o horário de Verão segue despertando ódio e paixões. Hoje, próximo do retorno do horário normal, há quem torça para que acabe logo e há o grupo que vai sentir saudades.

Há 126 dias, a rotina do técnico de segurança do trabalho Jeferson Rodrigues, 32 anos, é acordar com o céu estrelado. Ele conta que não vê a hora de chegar a zero hora de sábado e atrasar o relógio. “Levanto 4h40 e pego o ônibus às 5h28, na primeira volta”, diz.

Segundo Jeferson, que mora no residencial Ramez Tebet, a escuridão potencializa a insegurança e o cansaço. “O corpo se sente muito cansado”, diz.

A contrariedade com o horário de Verão é compartilhada pelo vendedor ambulante Carlos Jorge de Amorim Leite, 64 anos. Ele acorda 4 horas da manhã para fazer exercícios e preparar o carrinho com doces e balas. Carlos trabalha há oito anos na Praça Ary Coelho, centro de Campo Grande.

“Estou torcendo para acabar logo. Tenho diabetes e preciso fazer exercício físico. Mas é mais difícil, porque dá câimbras”, afirma.

Amigos e com a mesma profissão, Anderson e Emanoel divergem quando o assunto é horário de Verão. “Não importa acordar cedo, o importante é chegar mais cedo em casa, de dia”, salienta o vendedor Anderson da Silva Santana, 28 anos.

Já Emanoel Israel Sanchez, 20 anos, torce para que a mudança no relógio não vigorasse nunca mais. “Eu não quero esse horário mais não, dá muito sono”, diz.

Para a vendedora Mayara Moura, 18 anos, o difícil será encarar o novo horário. “Já acostumei. Ficar mudando é ruim”, afirma.

Do ponto de vista da saúde, a mudança traz benefícios. “A grande vantagem é que se dorme um pouco mais. Consequentemente, reduz o estresse que a privação do sono nos dá. Temos acordado e não despertado. A gente acorda com despertador. Mas só desperta com luminosidade”, explica o clínico geral e cardiologista Luiz Ovando.

Com previsão de economia de 5%, o horário de Verão começou em 19 de outubro do ano passado. O governo federal cogitou ampliar a medida, devido a falta de chuvas que prejudica os reservatórios das hidrelétricas, mas foi descartado.

No Estado, a perspectiva era reduzir o consumo em 40 MW (megawatt), correspondente à demanda no horário de pico (das 18h às 21h) nas cidades de Corumbá e Ladário. Os dois municípios juntos têm 129.498 habitantes.

Nos siga no Google Notícias