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Cidades

Ibama estenderá licença para motos mais poluentes

Redação | 15/01/2009 19:08

O meio ambiente também vem sendo afetado pela crise financeira, já que em 1º de janeiro entrou em vigor a terceira fase do Promot 3 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). O conjunto de normas estabelece maior rigor quanto aos níveis de emissão de poluentes por motocicletas, mas em função da queda nas vendas de motocicletas no quarto trimestre de 2008, as fabricantes e montadoras do setor de duas rodas solicitaram ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), através de sua associação, um adiamento do Promot 3. E, de certa forma, foram atendidas.

O Ibama não chegou a protelar a medida recentemente implantada, mas atendeu à entidade e aos fabricantes estendendo a validade da LCVM (Licença para Uso da Configuração do Veículo ou Motor) e da LCM (Licença para Uso da Configuração de Ciclomotores, Motociclos e Similares), de 2008, até 31 de março de 2009. A extensão permite que sejam fabricadas ou importadas motocicletas que ainda não atendem ao Promot 3.

O Ibama, ainda assim, alerta que o Promot 3 segue em vigor. Por e-mail a assessoria de comunicação do instituto declarou que não houve adiamento da entrada em vigor da nova fase do Promot/Proconve (o Proconve é a extensão da nova regra de emissão para todos os veículos automotores). O que houve foi uma extensão da validade das LCVMs/LCMs de 2008, até 31 de março de 2009, permitindo assim a produção/importação de veículos que estavam planejadas para 2008 e não foram executadas em função da crise financeira. Esse volume tem de ser informado ao Ibama até 15 de janeiro".

Ou seja, as fábricas teriam de fazer um levantamento do que não foi produzido no quarto trimestre de 2008 em função da queda nas vendas e informar ao Ibama até esta quinta-feira, 15 de janeiro.

Vale lembrar que em outubro de 2008, Honda e Yamaha concederam férias coletivas aos funcionários em função da crise. No período, a Honda deixou de produzir 40 mil unidades e a Yamaha, cerca de 24 mil.

Apesar de o Ibama declarar que o Promot 3 está valendo desde o dia 1º, na prática as montadoras poderão fabricar ou importar motos que não atendem à nova regra até março deste ano.

Em resposta à extensão da validade das licenças, a Yamaha anunciou que tentará minimizar o prejuízo do quarto trimestre de 2008. A segunda maior fabricante de motos do país vai aproveitar a extensão das licenças para fabricar neste ano as motos que deixou de produzir no final do ano passado e que ainda não atendem ao Promot 3.

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