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Cidades

Imprensa paraguaia culpa Brasil por crimes na fronteira

Redação | 24/07/2010 12:44

Para o jornal ABC Color, do Paraguai, não há dúvidas: a ilegalidade que impera na fronteira com o Brasil deve-se à própria demanda por atividades ilegais em território brasileiro, abastecida por máfias que utilizam o Paraguai como ponto de passagem.

De acordo com o site Sopa Brasiguaia, a matéria do ABC diz que: "Os brasileiros são os que manejam os negócios ilegais na fronteira entre Paraguai e Brasil". "São os que financiam e operam o 'contrabando' de cigarros, através de mais de 200 portos clandestinos no rio Paraná e no Lago de Itaipu".

A delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu apreendeu neste ano cerca de U$$ 4,4 milhões de dólares em cigarros, que são produzidos no Paraguai para abastecer o mercado brasileiro.

"O contrabando de cigarros na fronteira entre Paraguai e Brasil é uma atividade ilegal para os brasileiros. Por conseguinte, é um problema das autoridades brasileiras, assim como o contrabando de frangos [trazidos do Brasil] é problema das autoridades aduaneiras paraguaias".

O jornal acusa o Brasil de permitir que grupos operem portos clandestinos na fronteira e que 90% dos cigarros que entram no país via Paraguai são enviados por portos ilegais. "Mas, em alguns casos, é também um problema das autoridades paraguaias, especialmente, quando estes cigarros saem em direção ao Brasil através dos portos clandestinos, que também são operados por brasileiros, conjuntamente com paraguaios".

"São os brasileiros que manejam toda esta atividade ilegal na fronteira entre Paraguai e Brasil. Sugestivamente, o governo do Brasil só ataca esta ilegalidade na fronteira e deixa 'livre' os que operam nas grandes cidades, que é onde estão os 'chefes' da estrutura do contrabando de cigarros", pontualiza a reportagem.

Neste sentido, o ABC Color recorda que tanto Dilma Rousseff, como José Serra, já afirmaram, em declarações reproduzidas pela imprensa brasileira, a necessidade de aumentar a fiscalização na região de fronteira, "inclusive, envolvendo os militares".

"Mas este maior controle não somente freia a atividade ilegal como é o caso do contrabando, do tráfico de armas e de drogas, mas também espanta os turistas que chegam massivamente à Tríplice Fronteira", analisa o principal jornal paraguaio.

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