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Cidades

Índios de todo o Brasil fazem passeata em MS

Redação | 19/08/2010 15:50

Cerca de 300 índios de todo o Brasil, de 40 etnias, participam de uma mobilização no centro de Campo Grande para chamar a atenção da população e de autoridades para os problemas que enfrentam e exigir a reestruturação da Funai (Fundação Nacional do Índio) e o cumprimento das garantias constitucionais de saúde, educação e moradia.

Os manifestantes chegaram a interromper durante alguns minutos o trânsito na avenida Fernando Correia da Costa, após a rua 13 de Junho, no sentido Shopping-Centro.

Neste momento, os manifestantes estão na praça Ary Coelho, no centro da cidade. Eles usam trajes, adereços e pinturas típicas, fazem danças e carregam palavras de protesto e reivindicação.

Os indígenas participaram durante três dias do 7º Acampamento Terra Livre, na aldeia urbana Marçal de Souza. O encontro resultou em uma carta pública de protesto e reivindicação que será encaminhada ao MPF (Ministério Público Federal), à Funai (Fundação Nacional do Índio) e à Presidência da República.

Da aldeia, os indígenas seguiram de ônibus até a Fernando Correia da Costa, de onde seguiram a pé até a praça Ary Coelho, onde prosseguem com a manifestação, que não tem hora para acabar.

Presidente da Comissão Municipal dos Direitos dos Povos Indígenas de Campo Grande, Enio de Oliveira Metelo, disse que os índios entenderam como uma afronta, o governo não ter liberado o Memorial da Cultura Indígena para a abertura do acampamento.

A guarani kaiowá Elaine Cabreira da Silva, de 21 anos, contou que o sentimento é de tristeza e raiva pelo desaparecimento no final de outubro de 2009 dos professores índios Genivaldo Vera e Rolindo Vera, após confronto com homens armados em uma fazenda de Paranhos (469 km de Campo Grande). Até hoje, somente o corpo de Genivaldo foi encontrado.

"O sentimento é de raiva para todos os indígenas porque ele (Rolindo) foi morto brutalmente, o corpo não foi encontrado e ninguém foi punido", diz Elaine. Na faixa que ela carrega, a frase é "estamos em busca do corpo do professor Rolindo Vera

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