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Cidades

Índios liberam BR-163 após protesto por demarcação

Redação | 06/10/2009 11:52

Após oito horas de bloqueio, os índios terenas liberaram o tráfego na BR-163, a 6 km do trevo da saída para Cuiabá. O protesto teve fim depois de negociação com o procurador da República Emerson Kalif Siqueira, que foi ao local.

Os indígenas, que também bloquearam a BR-262, cobram aceleração no processo de demarcação da aldeia Buriti, em Sidrolândia. De acordo com o procurador, o processo se arrasta na justiça há 70 anos. O último recurso foi apresentado há dois anos, contudo, ainda não foi julgado.

Após ouvir a reclamação dos indígenas, o procurador ligou para o procurador-geral da 3ª Região. Após o diálogo, a pista foi liberada, mas os indígenas vão permanecer no local até o procurador retornar e apresentar um documento, que será enviado à justiça federal.

De acordo com o cacique Basílio Jorge, da aldeia Lagoinha, o objetivo é ampliara área da aldeia de 2.400 hectares para 15 mil hectares. No local, vivem 4.600 indígenas.

O protesto na 163 reuniu 300 indígenas e teve início por volta das 4h. A rodovia foi bloqueada com troncos de árvores e pneus em chamas. Por volta das 9h30, os terenas fizeram acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e aceitaram liberar a pista por 45 minutos a cada duas horas. A liberação foi parcial, atendendo apenas o sentido Jaraguari a Campo Grande.

Com a pista fechada, os motoristas de veículos pequenos tiveram uma opção de desvio por dentro do bairro Nova Lima. Já os caminhoneiros não puderam prosseguir viagem.

Tensão - Na BR-262, próximo ao distrito de Taunay, o clima do protesto foi mais tenso. Conforme a PRF, as lideranças das seis aldeias não se entendiam quanto à negociação e a pista não foi liberada em nenhum momento.

O superintendente da PRF, Valter Favaro, chegou a cogitar a intervenção da PM, temeroso de que a ingestão de bebida alcoólica resultasse em confusão. A rodovia permanece fechada, mas os indígenas já foram informados sobre o acordo na BR-163.

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