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Interior

“Audácia e periculosidade”, os motivos da prisão de jovem que matou aluno

Em audiência de custódia, o juiz André Luiz Monteiro converteu a prisão em flagrante em preventiva

Viviane Oliveira | 10/08/2019 13:23
Odenir foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado (Foto: reprodução/Facebook)
Odenir foi preso em flagrante e autuado por homicídio qualificado (Foto: reprodução/Facebook)

Em audiência de custódia realizada ontem (9), a Justiça converteu em preventiva a prisão de Odenir Gomes Mendes, 19 anos, assassino confesso de um rapaz também de 19 anos numa sala de aula na Escola Rural Municipal Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, no distrito de Albuquerque, a 50 quilômetros da área urbana de Corumbá.

Na decisão, o juiz André Luiz Monteiro escreveu que o rapaz demonstrou audácia e elevada periculosidade ao desferir disparo de arma de fogo em direção à sala de aula em horário escolar, com diversas pessoas no local, o que poderia “descambar” para um mal muito maior. “Tudo isso revela o abalo à ordem pública e a necessidade de acautelar o meio social e garantir a credibilidade da Justiça, principalmente na região que ocorreram os fatos”, explicou.

Conforme o auto de prisão em flagrante, o autor não aceitava o relacionamento amoroso da vítima com sua ex-namorada. Para se vingar, Odenir armado com uma espingarda calibre 22 foi até a escola rural, subiu no muro do colégio e após avistar a vítima no interior da sala de aula, fez os disparos. O tiro perfurou a janela e atingiu o jovem na cabeça, que morreu no local.

Para o promotor Luciano Bordignon Conte, a prisão de Odenir era necessária para assegurar a instrução criminal, por causa da proximidade da fronteira pouco vigiada com a Bolívia, além de lugar de difícil acesso em meio ao Pantanal, situação que facilitaria a fuga do autor, morador da zona rural.

A advogada Sílvia de Fátima Pires, que faz a defesa do rapaz, não se opôs a prisão em flagrante, porém defendeu que não havia elementos para presumir que o acusado iria fugir inexistindo, assim, perigo para a instrução processual e sugeriu que à Justiça aplicasse medidas cautelares como uso da tornozeleira eletrônica, comparecimento bimestral em juízo e a proibição de frequentar bares, boates e sair da cidade.

Crime - Colegas de sala da vítima relataram que assistiam à aula, quando ouviram um estampido e na sequência viram Carlos Daniel Maldonado Pires caído no chão. As testemunhas ainda pensaram se tratar de uma brincadeira, mas ao se aproximarem perceberam o sangue escorrendo do rosto da vítima. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas nada pôde fazer. O crime aconteceu por volta das 21h30 de quarta-feira (7). 

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