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Interior

A uma hora de vencer prazo judicial, estudantes desocupam reitoria da UFGD

Alunos protestavam reivindicando a manutenção de cursos e alojamento para os acadêmicos

Mirian Machado | 12/06/2022 08:48
Manifestação de alunos na manhã de quinta-feira, na unidade 1 da UFGD. (Foto: Iara Cardoso)
Manifestação de alunos na manhã de quinta-feira, na unidade 1 da UFGD. (Foto: Iara Cardoso)

Estudantes da  Leduc (Licenciatura em Educação do Campo) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) desocuparam por volta das 22h a reitoria da unidade 1, onde faziam protesto desde quinta-feira (9) pela manutenção de cursos e alojamento para os acadêmicos, que estudam em regime de alternância.

A desocupação foi feita após decisão judicial de reintegração de posse emitida na noite de sexta-feira e dava prazo até as 23h de sábado (11) para que os alunos saíssem do prédio.

Indígenas e camponeses que fazem o curso reivindicam os recursos que vão garantir a próxima etapa do curso. Cerca de 240 alunos podem não ter onde dormir durante o tempo universidade é real, que são as aulas teóricas realizadas na cidade.

O alojamento dos estudantes, chamado de casa de alternância, está no projeto do curso desde sua criação. No entanto, os alunos ficam hospedados em hotel. Os recursos para a manutenção da estadia não estão garantidos para o retorno das aulas. Eles querem a inclusão dos cursos da Faind na matriz Orçamento, Custeio e Capital (OCC) da universidade para que se garanta acesso e permanência, através de refeições, bolsas, material didático pedagógico, ciranda infantil e infraestrutura, que possibilidade que a Faculdade Intercultural Indígena possa estar presente nos territórios.

Estudantes em corredor a universidade. (Foto: Iara Cardoso)
Estudantes em corredor a universidade. (Foto: Iara Cardoso)

Conforme a assessoria de imprensa da universidade, a Faculdade Indígena não está na previsão orçamentária e são mantidos com recursos de projetos específicos criados pelo MEC (Ministério da Educação) para formação de educadores do campo e educadores indígenas.

“Existe previsão de o MEC lançar novo edital do projeto de educação indígena neste ano, o que viria a viabilizar o curso de Licenciatura Intercultural Indígena (Teko Arandu). No entanto, não há sinalização do MEC para o curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDUC)”, diz a assessoria.

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