Agente penitenciário é preso por chefiar esquema de repasse de celular a presos
Esquema criminoso ocorria no presídio de Naviraí, mas o servidor Luiz Henrique Araújo Olivette foi preso em Ivinhema

Um agente penitenciário foi preso nesta segunda-feira (23) acusado de fornecer celulares e drogas a detentos da Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande. Luiz Henrique Araújo Olivette foi preso na Penitenciária de Ivinhema, para onde tinha sido transferido recentemente.
Ele foi preso durante a Operação Asepsis, deflagrada pela 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí para desmontar o esquema criminoso para inserção de celulares e drogas na penitenciária. A ação contou com apoio das delegacias de Naviraí, Ivinhema e Gloria de Dourados.
Segundo a Polícia Civil, o gente penitenciário comandava o esquema, foi descoberto após a apreensão de celulares com presos da Penitenciária de Naviraí. Durante as investigações para apurar o caso, ficou comprovado o envolvimento do servidor. Ele não teve o nome divulgado pela Polícia Civil, mas o Campo Grande News apurou que trata-se de Luiz Henrique Araújo Olivette.
Conforme a assessoria da Polícia Civil, as investigações mostraram que o agente penitenciário era responsável por repassar aos presos não apenas celulares, mas também fones de ouvido e drogas em troca de dinheiro.
“As provas até o momento colhidas pelos investigadores da Polícia Civil indicam que o agente penitenciário teria agido de forma ativa e omissiva, ou seja, fazendo ‘vista grossa’ para que os objetos chegassem ao poder dos presos”, afirmou o delegado Thiago Lucena e Silva, responsável pelo caso.
O delegado pediu a prisão temporária do agente, bem como mandado de busca e apreensão no armário pessoal do servidor, situado no local de trabalho e na residência do suspeito. Os pedidos foram deferidos pelo Poder Judiciário de Naviraí e cumpridos na manhã de hoje.
Enquanto uma equipe cumpriu o mandado de prisão de Luiz Henrique em Ivinhema, outra fez buscas na casa do acusado em Glória de Dourados. “Na residência foram encontradas 11 munições de origem estrangeira, calibre 38, em desacordo com a legislação, razão pela qual o acusado também foi preso em flagrante pelo crime de posse irregular de munição de uso permitido”, afirma o delegado.
O nome da Operação faz menção ao termo “assepsia”, cujo conceito é impedir entrada de agentes nocivos no organismo. “A prisão do agente penitenciário tem prazo de 30 dias, que findo o prazo poderá ser prorrogada, convertida em preventiva ou o servidor poderá ser colocado em liberdade até o término das investigações”, explicou o delegado. Segundo ele, o caso tramita em sigilo