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Interior

Ao descobrir túnel, polícia paraguaia impediu fuga de 80 membros do PCC

Túnel com 12 metros foi descoberto ontem em Pedro Juan Caballero e polícia acredita que buraco chegaria a presídio em sete meses

Helio de Freitas, de Dourados | 03/10/2018 10:21
Entrada do túnel, em uma casa localizada a 200 metros da penitenciária regional de Pedro Juan Caballero (Direto das Ruas)
Entrada do túnel, em uma casa localizada a 200 metros da penitenciária regional de Pedro Juan Caballero (Direto das Ruas)

A polícia paraguaia afirma que 80 membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) estão presos atualmente na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero e poderia fugir pelo túnel descoberto ontem (2) na cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Inicialmente, agentes da força-tarefa de luta contra o crime organizado afirmaram que o objetivo seria resgatar o brasileiro Rony Barbosa, apontado como um dos principais articuladores do PCC na fronteira.

Entretanto, a Polícia Nacional chegou à conclusão que o objetivo era um resgate em massa. A penitenciária é marcada por fugas, principalmente de narcotraficantes.

Segundo autoridades paraguaias, o PCC é a maior organização criminosa presente naquele país na atualidade, principalmente no norte do país, onde fica a fronteira com Mato Grosso do Sul.

Com pelo menos 14 metros de extensão, dotado de iluminação elétrica e estrutura de madeira para impedir desmoronamento, o túnel estava sendo aberto por três paraguaios, contratados por um brasileiro. Os quatro foram presos.

O túnel estava sendo aberto de uma casa no bairro Santa Ana com direção à penitenciária, a 200 metros do local. A polícia paraguaia afirma que os bandidos levariam pelo menos sete meses para chegar embaixo do presídio.

“Só faltavam quadros com pinturas de tão bem feito”, ironizou o ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor. Ele convocou uma entrevista coletiva na capital, Assunção, para falar do túnel descoberto em Pedro Juan.

Segundo os agentes da inteligência da polícia, de duas a três pessoas poderiam passar pelo túnel ao mesmo tempo.

O ministro paraguaio disse que Oscar Bordon Blanco, 19, Nicolas Cano Centurion, 25, e Pedro Anastácio Gauto, 21, são trabalhadores sem antecedentes criminais, contratados pelo brasileiro Alexandre Leguizamon, que foi preso tentando fugir da casa onde o túnel foi descoberto.

Os quatro foram autuados em flagrante. Na casa ao lado, usada para armazenar a terra retirada do buraco, os policiais também apreenderam 40 quilos de maconha.

Túnel bem estruturado chamou atenção de ministro; "só faltavam quadros" (Foto: Direto das Ruas)
Túnel bem estruturado chamou atenção de ministro; "só faltavam quadros" (Foto: Direto das Ruas)
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