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Interior

Após denúncia de morte de bebês, HU tenta acelerar projeto de unidade infantil

Hospital Universitário da UFGD fez reunião com técnicos de escritório da ONU para discutir construção de unidade para atendimento de mulheres e crianças em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 16/09/2015 11:16
Vista aérea do Hospital Universitário de Dourados; ainda não há previsão de quando começa construção de unidade para atender bebês e mulheres (Foto: Divulgação)
Vista aérea do Hospital Universitário de Dourados; ainda não há previsão de quando começa construção de unidade para atender bebês e mulheres (Foto: Divulgação)

Diretores e técnicos do HU (Hospital Universitário) e representantes do Unops (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos) discutiram ontem em Dourados, a 233 km de Campo Grande, a construção da unidade de atendimento à mulher e à criança. Na segunda-feira, o Conselho Municipal de Saúde denunciou que duas gestantes perderam os bebês na semana passada por falta de atendimento na maternidade do hospital, que é referência para uma população de 800 mil habitantes.

A unidade deveria ter sido implantada há três anos, mas por demora na elaboração do projeto a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) teve de devolver, em julho deste ano, R$ 12 milhões ao Ministério da Saúde.

De acordo com a assessoria do HU, houve avanço nos preparativos para a elaboração do projeto de construção da unidade.

“O plano assistencial, etapa da concepção do futuro prédio, foi apresentado à empresa Arkhitektôn Associados, já contratada para a elaboração do projeto arquitetônico, que deverá ter sua primeira fase concluída ainda este ano”, informou o HU, em nota.

Partos e internação – Conforme o hospital, a nova unidade materno-infantil deverá entrar em funcionamento em duas etapas. Na primeira terá o serviço de obstetrícia, com 35 leitos de internação, centro de parto normal com cinco quartos, pronto atendimento obstétrico com três consultórios e cinco leitos de observação e centro obstétrico com quatro salas cirúrgicas e cinco leitos de Recuperação pós-anestésica.

Na segunda etapa está prevista a implantação do serviço de neonatologia/pediatria (cuidados intensivos), com 20 leitos de UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal), 30 leitos de UCINCo (Unidade de Cuidados Intermediários Convencional), dez leitos para “cuidados canguru” e 20 leitos de UTI pediátrica.

“O Unops, juntamente com a empresa de arquitetura contratada, está mostrando como a experiência na construção de unidade hospitalares é fundamental e traz o diferencial necessário para atender satisfatoriamente as especificidades da nossa região", afirmou a superintendente do HU, Mariana Croda.

Projeto de R$ 1,1 milhão – O convênio com o Unops foi firmado pela UFGD e pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) em maio deste ano. Só para a elaboração dos projetos, o Unops conta com R$ 1,1 milhão do Rehuf (Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais), fundo gerido pela Ebserh.

Como a UFGD teve de devolver os recursos, obtidos através de emenda do deputado federal Geraldo Resende (PMDB), será preciso viabilizar novamente o dinheiro para construção da unidade. Segundo o HU, o montante final só poderá ser orçado após a conclusão do projeto da obra.

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