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Interior

Após morte de bebê em hospital, mãe contesta laudo e denuncia troca de medicação

Mãe quer respostas sobre a morte da filha e afirma que advogado pedirá exumação de corpo

Por Dayene Paz | 07/05/2025 10:48
Após morte de bebê em hospital, mãe contesta laudo e denuncia troca de medicação
Bebê já no hospital, pouco tempo antes da morte. (Foto: Arquivo familiar)

Bebê de nove meses de vida morreu na Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba, cidade distante cerca de 408 quilômetros de Campo Grande. A mãe, Letícia Lopes, denuncia que houve troca de medicação, contestando o laudo da morte que aponta causas respiratórias. Ela afirma que pedirá à Justiça a exumação do corpo da filha, além de ter procurado a delegacia de polícia e registrado boletim de ocorrência.

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Mãe denuncia possível erro médico após morte de bebê em hospital de MS. Letícia Lopes, mãe de uma criança de nove meses, registrou boletim de ocorrência após a morte da filha na Santa Casa de Paranaíba. A criança foi internada com febre alta, mas, segundo a mãe, os exames não indicaram alterações. Após a aplicação de medicação intravenosa, a bebê sofreu parada cardíaca e não resistiu. Letícia contesta o laudo médico, que aponta causas respiratórias, e suspeita de erro na medicação. Ela alega que a filha nunca teve alergia à dipirona, medicamento administrado antes da parada cardíaca. A mãe pedirá exumação do corpo para investigar a causa da morte. A Santa Casa de Paranaíba ainda não se pronunciou sobre o caso, que está sob investigação policial.

Ao Campo Grande News, Letícia contou que a filha tomou vacina para 9 meses de idade e de gripe no dia 22 de abril. "Ela começou a ter febre, mas depois, no fim de semana, passou. Medicamos com paracetamol e ela não teve mais febre até o dia 28 para 29", conta. Contudo, quando a mãe saiu para trabalhar, os sintomas voltaram. "Fui trabalhar, deixei ela com minha cunhada e minha sogra. Como a febre voltou, elas deram mais uma vez paracetamol, mas dessa vez não baixava", conta.

Então, Letícia saiu do trabalho às 12h40 do dia 29 e levou a filha para a Santa Casa da cidade. "Cheguei às 13h30, peguei senha e falei que minha neném estava com muita febre. Perguntaram como eu sabia, respondi que carregava o termômetro no bolso". A mãe, então, mediu novamente e como a febre estava alta, a bebê passou pela triagem e foi colocada pulseira amarela nela. "A médica me chamou, fez exames e disse que o pulmão estava limpo. Depois, pediu mais exames, de sangue, urina e raio-X", lembra.

Na sequência, foi aplicada dipirona na veia da criança. "Ela ficou tomando medicação e em observação". Após o término da medicação, a neném ainda continuou em observação. "A médica chamou de novo, falou que os exames estavam bons, não tinha alteração. Disse que minha filha ficaria internada e outra médica iria avaliar no dia seguinte".

Às 20h30, a mãe assinou os papéis da internação. Então, houve mais uma aplicação de medicação na neném. "Dessa vez a enfermeira trouxe medicamento, trocou acesso e colocou duplo. Quando estava terminando de injetar o liquido, deu parada cardíaca na minha filha. Ela [enfermeira] falou para gritar socorro e eu entrei em desespero. Minha filha estava roxa", lembra a mãe.

A equipe médica se mobilizou e pegou a criança. "Cataram ela e saíram correndo. Às 1h20, a médica veio dar a noticia, afirmando que deu parada cardíaca e tentaram reanimar por 40 minutos".

A mãe afirma que o laudo atesta a morte por causas respiratórias e, até o momento, não teve respostas. "Eu acredito que trocaram a medicação, erraram. Minha filha nunca teve alergia a dipirona, sempre demos em casa. Os exames estavam bons e me falaram que foi por problemas respiratórios depois que ela morreu".

Letícia procurou a delegacia e registrou boletim de ocorrência. "O que eu puder fazer para ter Justiça eu vou fazer, inclusive o advogado vai entrar com pedido de exumação do corpo da minha filha. Estou abalada, revoltada". O caso segue em investigação.

A reportagem do Campo Grande News procurou a Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba, mas até o momento não conseguiu qualquer posicionamento sobre a situação. O espaço encontra-se aberto.

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