Assaltantes iniciaram crimes no PR e ameaçaram atear fogo em vítimas
Os dois bandidos que estavam escondidos na mata assaltaram caminhoneiro para tentar fugir de MS e chegar ao Paraná

Os assaltantes que mataram um caseiro e feriram a tiro um sitiante na madrugada de quarta-feira em Dourados, a 233 km de Campo Grande, espalharam terror em dois estados, segundo os policiais que participaram das buscas aos acusados. Eles iniciaram a onda de crimes no Paraná, onde roubaram uma caminhonete S10 numa propriedade rural, apreendida na BR-463, e ameaçaram queimar as vítimas com gasolina.
A quadrilha foi apresentada na manhã desta sexta-feira (16) na Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), em Dourados, onde os cinco estão presos.
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Foram apresentados Bruno Barros de Oliveira, 20, morador em Sarandi (PR), Valdeci Ferreira, 44, residente em São Paulo – os dois homens que estavam escondidos na mata –, Evandro Medeiros dos Santos, que fugiu de Dourados após contratar uma mototaxista e foi preso em Nova Esperança (PR), Francisley Peixoto, 31, e Rudson Carlos Passarelli da Silva, 20, moradores em Nova Esperança e que tinham sido presos ainda na madrugada de quarta, no Posto Capeí, em Ponta Porã.
Bruno, Valdeci e Evandro cometeram os assaltos, tanto no Paraná quanto em Mato Grosso do Sul. Já Francisley e Rudson foram contratados para servirem de batedores até o Paraguai, onde entregariam a S10 roubada no PR.
Força-tarefa – As investigações para a prisão dos assaltantes envolveram a Polícia Civil, Polícia Militar, Defron e a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Ao contrário do que havia sido informado na quarta, o policial rodoviário que abordou Bruno e Valdeci na BR-163 com a caminhonete F-1000 roubada no sítio em Dourados, não ficou ferido. Os tiros disparados pelos assaltantes acertaram apenas o carro do policial.
Depois que saíram da mata, na manhã desta quinta-feira, Bruno e Valdeci praticaram outro crime. Eles assaltaram um caminhoneiro e o deixaram amarrado no mato, mas foram presos em Juti, quando tentavam chegar ao Paraná. Com eles a PM encontrou dois revólveres calibre 38.
Terror – O delegado do SIG (Sistema de Investigações Gerais), Mateus Zampieri Nogueira, disse que os bandidos são perigosos, principalmente por não terem respeito à vida de suas vítimas. Segundo o policial, o grupo agia com extrema violência e submeteram as vítimas do assalto no Paraná a momentos de terror.
Todos confessaram os crimes, mas afirmam que tanto o caseiro morto quanto o sitiante ferido reagiram ao assalto, por isso atiraram. O grupo foi indiciado por uma série de crimes, entre os quais latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha.
Vítimas – A quadrilha é acusada pela morte do caseiro Josias Leiva, 34, e pela tentativa de homicídio contra José Ricardo da Silva, 31, em uma casa na mesma região do latrocínio, nas margens da BR-463, entre Dourados e Ponta Porã.
Na casa de José Ricardo os bandidos não conseguiram cometer o assalto, mas do sítio onde mataram Josias eles levaram a caminhonete F-1000, abandonada na BR-163, próximo à mata onde se esconderam.