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Bloco com perguntas de eleitores esquenta debate em Dourados

Alan Guedes e Barbosinha trocaram críticas sobre crise na saúde do município

Helio de Freitas, de Dourados | 12/11/2020 22:11
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Jeferson Bezerra, do PMN, fala em debate do Simted, nesta noite (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)
Jeferson Bezerra, do PMN, fala em debate do Simted, nesta noite (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

A crise na saúde pública “apimentou” o quarto e último bloco do debate entre os candidatos a prefeito de Dourados, na noite desta quinta-feira (12).

Promovido pelas associações de docentes da Uems e da UFGD e pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), o debate foi o único da atual campanha em Dourados e reuniu seis candidatos.

Alan Guedes (PP), José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), Jeferson Bezerra (PMN), João Carlos, o Joca (PT), Racib Harb (Republicanos) e Wilson Matos (PTB) participaram. O único ausente foi o candidato do PSL Mauro Thronicke Rodrigues.

Ao responder sobre o futuro da fundação de saúde que administra a UPA e o Hospital da Vida, Wilson Matos disse que Dourados tinha saúde melhor quando o município mantinha parceria com o Hospital Evangélico.

Alan Guedes disse que o maior problema na média e alta complexidade é o subfinanciamento, já que, segundo ele, a macrorregião de Dourados é a que recebe menos recursos per capta do Governo do Estado para custear o atendimento mais especializado. “Ação discriminatória com a cidade”.

O candidato do PP prometeu devolver o serviço de média e alta complexidade ao Estado. “Muita gente promete, mas eu tenho coragem de fazer e vou fazer”, afirmou. Nos últimos cinco anos, a ameaça foi feita duas vezes por gestores municipais, mas nunca cumprida.

Na sua vez, Barbosinha disse que a crise na saúde tem jeito, mas segundo ele, atualmente falta gestão e “falta prefeito”. O democrata aproveitou para atacar o adversário, que segundo as pesquisas, polariza com ele a disputa pela prefeitura.

“É muito cômodo para o vereador, presidente da Câmara, que ao longo desse período ficou em silêncio acerca do caos na saúde”, afirmou, complementando que Alan Guedes teria se negado a assinar CPIs para investigar a crise na saúde durante a atual administração. “É fácil jogar atribuição ao Estado naquilo que o município é omisso. Quem faz o valor da per capta é o município pelos atendimentos que realiza”.

Alan Guedes pediu e ganhou direito de resposta de um minuto por ter sido citado pelo adversário.

Ao responder a Barbosinha, o candidato do PP disse que é o presidente da Câmara e não dono do Legislativo. “A base parlamentar da prefeita, que praticamente toda apoia a candidatura do democrata, barrou, entre outras coisas, o requerimento da minha colega Daniela Hall para convocar a prefeita a explicar desmandos e falhas da Funsaud”.

Vereadores que integram a base aliada de Délia Razuk e sempre votaram a favor da prefeita, como Pedro Pepa (DEM), Cirilo Ramão (MDB) e Mauricio Lemes Soares (PSB), estão na coligação de Barbosinha.

“Piada” – De novo o mais agressivo no discurso, Jeferson Bezerra disse que a saúde pública de Dourados é “uma piada” porque o cidadão espera dois anos para fazer uma cirurgia.

Ele repetiu o discurso da campanha de que vai acabar com a Fundação de Saúde. “Funsaud falida, cabide de emprego, secretários de Saúde envolvidos em corrupção. Vou acabar com a Funsaud, sim. É roubo e mais roubo, ninguém ‘guenta’ mais”.

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