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Interior

Caminhoneiros mantêm protestos e já falta cerveja no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 31/01/2018 09:20
Caminhoneiros mantêm protestos e já falta cerveja no Paraguai
Caminhões parados em rodovia do Paraguai; protesto é contra liberação de bitrens naquele país (Foto: ABC Color)

Cerveja, combustível e leite já começam a faltar em algumas cidades do Paraguai por causa do protesto de caminheiros, iniciado segunda-feira (29), contra a decisão do governo de liberar a circulação de carretas bitrem. A liberação emergencial de carregamentos no final da tarde de ontem garantiu o abastecimento parcial dos estabelecimentos, mas o problema pode se agravar se não houver acordo com o governo.

A permissão de circulação das carretas bitrem foi tomada após um acordo de cooperação com o Brasil, para viabilizar a Rota Bioceânica, ligando ao Pacífico.

A decisão atinge inicialmente o trecho da Ruta 5 entre Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã (MS), ao porto de Concepción. Os caminhoneiros paraguaios prometem manter os protestos até a revogação da autorização dada pelo Ministério de Obras do Paraguai.

Eles acusam o presidente Horacio Cartes de ter interesse financeiro na decisão, já que as empresas do político estariam com centenas de carretas bitrem preparadas para rodar. Cartes é dono de nove fábricas de cigarro no Paraguai.

Nesta quarta-feira (31), a maioria das estradas de acesso à capital Assunção foi liberada, mas os caminhoneiros se concentram na cidade, à espera de uma reunião prevista para às 16h com o ministro de Obras Públicas e Comunicações Ramón Jiménez Gaona. Entretanto, os representantes dos caminhoneiros não têm esperança de um resultado positivo na negociação e acusam o governo de não respeitar os acordos com a categoria.

Perto da fronteira com Mato Grosso do Sul, o protesto está concentrado em um trecho da Ruta 5, que liga Pedro Juan Caballero a Assunção. Na região do Departamento de San Pedro, a Polícia Nacional ameaçou prender caminhoneiros que trancassem as estradas. Apesar da medida, muitos motoristas que insistiram em circular ontem foram ameaças dos manifestantes, que prometiam queimar os caminhões.

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