ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 23º

Interior

Casos de coronavírus dobram e prefeito promete “toque de recolher rigoroso”

Dos 25 confirmados em Ponta Porã, 4 entram na conta de Pedro Juan Caballero e um de Maracaju, onde moram as pessoas infectadas

Helio de Freitas, de Dourados | 27/05/2020 15:18
Militar paraguaio vigia fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (Foto: ABC Color)
Militar paraguaio vigia fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (Foto: ABC Color)

O prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo Filho (PSDB) fez desabafo em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), reclamou de falta de apoio da população na luta contra o novo coronavírus e prometeu “toque de recolher rigoroso” para impedir aglomerações à noite. Segundo ele, o número de casos positivos na cidade da fronteira localizada a 323 km de Campo Grande mais que dobrou em dois dias.

Foram 25 confirmados nos exames feitos em Ponta Porã, mas cinco não entram na estatística do município. Quatro são moradores de Pedro Juan Caballero que trabalham do lado brasileiro e um é morador de Maracaju que também trabalha em Ponta Porã.

Autoridades sanitárias de Pedro Juan Caballero foram comunicadas para que coloquem os cidadãos paraguaios em quarentena. O diretor da 13ª região sanitária, Nelson Collar, disse que essas pessoas cruzaram a fronteira ilegalmente para trabalhar em Ponta Porã. Os acessos entre as duas cidades estão fechados por soldados do Exército e cerca de arame farpado.

“A partir de hoje demos ordem à Guarda Municipal: o toque de recolher às 22h será rigoroso. Construímos com toda a sociedade, permitimos que a atividade comercial funcionasse para ter fôlego neste momento, mas estamos cansando. A equipe está sentindo o peso nas costas porque a comunidade não ajuda”, afirmou o prefeito.

Hélio Peluffo Filho reclamou das pessoas que insistem em ficar nos bares bebendo mesmo durante o toque de recolher. “Hoje temos uma pessoa internada no hospital, mas se continuarem bebendo até meia-noite nos bares dos bairros principalmente, vão encher o hospital. Vêm a facada, a queda de moto. Precisamos do hospital livre para atender as pessoas [com suspeita de coronavírus]”.

O prefeito disse que as autoridades de saúde já esperam contaminação em grande escala da população, mas se esse contágio for lento, o sistema de saúde consegue absorver e curar os pacientes.

Ele voltou a cobrar apoio de todos, inclusive dos empresários, e citou que determinada empresa da cidade permitiu funcionário continuar trabalhando por 12 dias com sintomas da doença. “Contaminou todo mundo no escritório”.

O primeiro caso confirmado de Maracaju também foi diagnosticado em Ponta Porã. O homem trabalha na fronteira e no fim de semana viajou para a cidade de origem para encontrar familiares. “Domingo foi para a igreja, circulou. A família está isolada”, informou.

Nos siga no Google Notícias