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Interior

Chuva destrói oito pontes e propriedades rurais são tomadas pelo Rio Coxim

Prefeito ressalta que não há vítimas, até agora, mas que haverá levantamentos para identificar outros danos

Guilherme Correia | 02/02/2022 07:39
Casa em propriedade rural nas margens do Rio Coxim, próximo da ponte de concreto na MS-142, ficou submersa. (Foto: Reprodução/Infoco MS)
Casa em propriedade rural nas margens do Rio Coxim, próximo da ponte de concreto na MS-142, ficou submersa. (Foto: Reprodução/Infoco MS)

Ao menos oito pontes foram destruídas pela chuva no município de Camapuã, a 141 quilômetros da Capital, e propriedades rurais também foram afetadas. Ao Campo Grande News, o prefeito, Manoel Nery (DEM) explica que não foram registradas vítimas, mas que as equipes da prefeitura deverão fazer levantamentos ao longo do dia para identificar outros estragos.

Segundo ele, duas das estruturas estavam localizadas em rodovias estaduais, enquanto as outras seis são estradas municipais. “Hoje, a gente vai continuar levantando, principalmente, se tem mais algumas pontes que tiveram danos menores.”

Ponte em região de Areado ficou destruída. (Foto: Direto das Ruas)
Ponte em região de Areado ficou destruída. (Foto: Direto das Ruas)

Nery ressalta que, entre hoje e amanhã, a prefeitura deve publicar decreto para colocar o município em estado de calamidade pública, a fim de angariar recursos para as reformas ou, em alguns casos, até a reconstrução completa de pontes.

"De maneira que a gente possa pedir ajuda do governo do Estado e do governo federal, para organizar essas pontes, financeiramente falando. Algo em torno de R$ 4 a R$ 5 milhões para o município organizar, não é fácil não.”

O prefeito comenta que a população tem de ter paciência para os reparos, já que o processo de licitação, projeto e execução, pode demorar. “O decreto vem também facilitar a questão, para não demorar tanto, para as empresas poderem fazer rápido.”

“A gente vai ganhar tempo na questão das licitações, pode ser que o estado de calamidade pública consiga reduzir isso para 30 dias, para desfazer a ponte, licitar e deixar 100% transitável."

Ponte sobre o Rio Coxim foi levada pelas águas, entre Camapuã e São Gabriel. (Foto: Reprodução/Idest)
Ponte sobre o Rio Coxim foi levada pelas águas, entre Camapuã e São Gabriel. (Foto: Reprodução/Idest)

Estragos - Em novembro de 2021, segundo ele, outras chuvas fortes danificaram totalmente três pontes, municipais ou estaduais, e, ao todo, cerca de 10 terão de ser reestruturadas.

Ponte do "Caixote", sobre o Rio Cachoeirinha, não resistiu a força da água. (Foto: Infoco MS)
Ponte do "Caixote", sobre o Rio Cachoeirinha, não resistiu a força da água. (Foto: Infoco MS)

Uma delas fica a 20 quilômetros do perímetro urbano e liga o município ao distrito do Lajeado. Com o alagamento da estrutura, os motoristas têm de ir por São Gabriel do Oeste, o que aumenta o trajeto em cerca de 140 quilômetros. Esta ponte tinha quase 90 metros de comprimento e, na visão do chefe do Executivo, levará tempo para ser readequada.

Outra está na região do Cachoeirinha, e a cabeceira da ponte do Pirizal também foi danificada.

Outra que está afetada liga o município com Ribas do Rio Pardo, a 98 quilômetros de Campo Grande. Uma das alternativas poderá ser organizar passagens temporárias dentro dos rios, quando estes forem baixos.

De acordo com o jornal Infoco MS, ponte sobre o Rio Taquarussu, na MS-142, ficou totalmente submersa. No Rio Coxim, propriedades rurais foram afetadas e moradores tiveram de sair de barco de suas casas, tentando salvar os pertences.

Ponte sobre o Rio Taquarussu, na MS-142, alagada. (Foto: Reprodução/Infoco MS)
Ponte sobre o Rio Taquarussu, na MS-142, alagada. (Foto: Reprodução/Infoco MS)

Além dos reparos, deverão ser feitas nove pontes de concreto no município, ao longo de 2022. “Elas resolvem 100%, se fizer um projeto bem certinho. Mesmo se acontecer da água vir, não há perigo de levar", diz o prefeito.

A gente precisa que a população tenha um pouco de paciência. A gente sabe o direito de ir e vir das pessoas, elas cobram muito veementemente, e com razão, mas em virtude de ser muitos lugares afetados, vai trazendo transtorno, mas para fazer uma ponte, leva-se pelo menos 90 dias.”

Mesmo que o acumulado de chuvas esteja abaixo da média nesta municipalidade, conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), estima-se que o aumento de extremos climáticos possa provocar chuvas mais fortes e concentradas em menos dias, ao invés de estarem espalhadas ao longo do mês, o que reduziria estragos.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) colocou Camapuã e outros 34 municípios em situação de alerta, por conta das chuvas. As recomendações são, em caso de rajadas de vento, não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas, além de evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

Outras informações podem ser obtidas via Defesa Civil, pelo telefone 199, ou pelo Corpo de Bombeiros Militar, no número 193.


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