Com chuva recorde, fronteira do Paraguai com MS está debaixo d’água
Em dois meses são quase 600 milímetros de chuva em Canindeyú, perto de Mundo Novo e Paranhos
Regiões importantes do Paraguai sofreram estragos com as fortes chuvas que atingem o país desde o fim de 2020. Os maiores problemas ocorrem nos departamentos (equivalentes a Estados) da região sul e Central, onde fica a capital Asunción.
Entretanto, na linha internacional com Mato Grosso do Sul as chuvas também têm sido recordes. Povoados estão debaixo d’água na faixa de fronteira com Mundo Novo, Paranhos e Sete Quedas, onde fica o Departamento de Canindeyú.
No povoado de Curuguaty, a 65 quilômetros do território sul-mato-grossense, bairros foram alagados e famílias tiveram de ser levadas para abrigos. De acordo com o governo do Paraguai, no período de dezembro de 2020 a janeiro de 2021 foram registradas as maiores chuvas de Canindeyú. São quase 600 milímetros de precipitação nesses dois meses.
Abílio Ortiz, do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai, informou ao jornal ABC Color que ontem (31) foi o dia mais chuvoso de janeiro, com 89 milímetros.
Se por um lado a chuva ajuda no desenvolvimento de lavouras, em povoados pobres da região a preocupação é grande com desabrigados e outros estragos, principalmente porque a previsão indica fortes precipitações pelos próximos dias.
Hoje, a direção de meteorologia do país alertou para risco de fortes temporais em seis departamentos – Concepción, San Pedro, Central, Presidente Hayes, Canindeyú e Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.