ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
MAIO, SEXTA  23    CAMPO GRANDE 29º

Interior

Homem pesquisou "como fazer molotov" antes de matar ex-namorada e amiga

Polícia concluiu inquérito e pai de assassino foi indiciado pelo porte ilegal de arma - a usada no crime

Por Dayene Paz e Helio de Freitas | 23/05/2025 08:37
Homem pesquisou "como fazer molotov" antes de matar ex-namorada e amiga
Karina Corim, baleada pelo ex, que não aceitava término. (Foto: Redes sociais)

Um histórico de ciúmes, ameaças e violência doméstica terminou na morte de Karina Corim, de 29 anos, e a amiga dela, Aline Rodrigues, de 30 - crime registrado na cidade de Caarapó, a 273 km de Campo Grande, no dia 1º de fevereiro deste ano. Para a polícia, que concluiu o inquérito nesta semana, o ex de Karina, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, premeditou o crime. Ele atirou contra a própria cabeça depois de matar as amigas.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Karina Corim, de 29 anos, e sua amiga Aline Rodrigues, de 30, foram assassinadas em Caarapó, Mato Grosso do Sul, em 1º de fevereiro. O ex-companheiro de Karina, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, premeditou o crime motivado por ciúmes e descontentamento com o término do relacionamento. Após os disparos, Renan cometeu suicídio. O inquérito policial revelou que Renan tinha um histórico de ameaças e violência doméstica. Ele chegou a pesquisar sobre como cometer crimes antes do ataque. No dia do crime, armado, ele invadiu a loja de Karina e disparou contra as amigas, resultando na morte de Aline no local e na morte de Karina dias depois. O crime foi classificado como feminicídio e homicídio qualificado.

Testemunhas foram ouvidas pela polícia no decorrer desses últimos três meses. Familiares das vítimas e também de Renan confirmaram que o relacionamento do casal era conturbado. Renan tinha ciúme excessivo das amizades de Karina e se incomodava com a presença das meninas na loja da vítima, de acessórios para celular.

"(...) vi as câmeras pelo celular e vi as amigas dela na loja, ela colocando película de graça no celular delas, capinha. Aqui é nosso trabalho, não é lugar pra ficar com amiga", disse ele em uma conversa com o pai. Após esse fato, Karina terminou o relacionamento. "(...) eu quero que você suma daqui, você não tem nada aqui. Pode ir lá em casa pegar suas tralhas e some daqui". Karina chegou a procurar a delegacia e relatou ameaças, agressões verbais e físicas, além de ter sido chamada de “puta” e “biscate”.

Premeditado - O término despertou a ira de Renan. Ele tinha acesso às câmeras da loja e visualizou justamente o momento em que a ex estava com Aline no estabelecimento. Para a família, a amizade das duas - desde a infância - incomodava muito Renan.

Horas antes do crime, ele pesquisou no celular frases como “como fazer molotov” e “tacar fogo crime”. Também mandou mensagens de despedida para amigos. Então, naquele dia, apareceu armado na loja.

De acordo com uma testemunha que sobreviveu, Renan colocou a mochila no balcão, sacou uma pistola calibre .32 e disse: “tenho uma bala para cada uma de vocês.” Em seguida, atirou nas duas. Aline morreu no local. Karina resistiu por alguns dias, mas não sobreviveu. O autor ainda ateou fogo na loja com material inflamável que levava na mochila. Depois, foi para os fundos do imóvel e se matou.

Vídeos e relatos de familiares confirmam que Renan já ostentava arma em casa com frequência. O armamento era do pai dele, um policial aposentado, que agora responde por porte ilegal de arma de fogo por ter deixado o objeto acessível.

A polícia concluiu que o crime foi premeditado, cometido por ciúmes e ódio às amizades da vítima, caracterizando feminicídio e homicídio qualificado.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias