Homem pesquisou "como fazer molotov" antes de matar ex-namorada e amiga
Polícia concluiu inquérito e pai de assassino foi indiciado pelo porte ilegal de arma - a usada no crime
Um histórico de ciúmes, ameaças e violência doméstica terminou na morte de Karina Corim, de 29 anos, e a amiga dela, Aline Rodrigues, de 30 - crime registrado na cidade de Caarapó, a 273 km de Campo Grande, no dia 1º de fevereiro deste ano. Para a polícia, que concluiu o inquérito nesta semana, o ex de Karina, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, premeditou o crime. Ele atirou contra a própria cabeça depois de matar as amigas.
RESUMO
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Karina Corim, de 29 anos, e sua amiga Aline Rodrigues, de 30, foram assassinadas em Caarapó, Mato Grosso do Sul, em 1º de fevereiro. O ex-companheiro de Karina, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos, premeditou o crime motivado por ciúmes e descontentamento com o término do relacionamento. Após os disparos, Renan cometeu suicídio. O inquérito policial revelou que Renan tinha um histórico de ameaças e violência doméstica. Ele chegou a pesquisar sobre como cometer crimes antes do ataque. No dia do crime, armado, ele invadiu a loja de Karina e disparou contra as amigas, resultando na morte de Aline no local e na morte de Karina dias depois. O crime foi classificado como feminicídio e homicídio qualificado.
Testemunhas foram ouvidas pela polícia no decorrer desses últimos três meses. Familiares das vítimas e também de Renan confirmaram que o relacionamento do casal era conturbado. Renan tinha ciúme excessivo das amizades de Karina e se incomodava com a presença das meninas na loja da vítima, de acessórios para celular.
"(...) vi as câmeras pelo celular e vi as amigas dela na loja, ela colocando película de graça no celular delas, capinha. Aqui é nosso trabalho, não é lugar pra ficar com amiga", disse ele em uma conversa com o pai. Após esse fato, Karina terminou o relacionamento. "(...) eu quero que você suma daqui, você não tem nada aqui. Pode ir lá em casa pegar suas tralhas e some daqui". Karina chegou a procurar a delegacia e relatou ameaças, agressões verbais e físicas, além de ter sido chamada de “puta” e “biscate”.
Premeditado - O término despertou a ira de Renan. Ele tinha acesso às câmeras da loja e visualizou justamente o momento em que a ex estava com Aline no estabelecimento. Para a família, a amizade das duas - desde a infância - incomodava muito Renan.
Horas antes do crime, ele pesquisou no celular frases como “como fazer molotov” e “tacar fogo crime”. Também mandou mensagens de despedida para amigos. Então, naquele dia, apareceu armado na loja.
De acordo com uma testemunha que sobreviveu, Renan colocou a mochila no balcão, sacou uma pistola calibre .32 e disse: “tenho uma bala para cada uma de vocês.” Em seguida, atirou nas duas. Aline morreu no local. Karina resistiu por alguns dias, mas não sobreviveu. O autor ainda ateou fogo na loja com material inflamável que levava na mochila. Depois, foi para os fundos do imóvel e se matou.
Vídeos e relatos de familiares confirmam que Renan já ostentava arma em casa com frequência. O armamento era do pai dele, um policial aposentado, que agora responde por porte ilegal de arma de fogo por ter deixado o objeto acessível.
A polícia concluiu que o crime foi premeditado, cometido por ciúmes e ódio às amizades da vítima, caracterizando feminicídio e homicídio qualificado.
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