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Interior

Defesa pede liberdade de advogado que foi preso após invadir delegacia

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 14/12/2020 23:04

A defesa do advogado de 34 anos, entrou com um pedido de liberdade provisória para o cliente que foi preso na madrugada desta segunda-feira (14) em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, após invadir a delegacia para tentar impedir o registro de boletim de ocorrência contra ele por agressão e por divulgar fotos de cunho sexual.

O pedido foi encaminhado à 1ª Vara Criminal da Comarca de Dourados e ainda não foi analisado por um juiz. Enquanto isso, ele segue detido em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) no Centro da cidade.

No requerimento os advogados Ivo Barbosa Netto e Eduardo de Matos Pereira alegam que a prisão não se justifica, uma vez que a punição poderia ser substituída por medidas cautelares além de ser possuir residência fixa, é primário, não registra antecedentes e possui ocupação licita.

“Percebe-se que a liberdade provisória clausulada (cautelares diversas da prisão), por ora, mostra-se adequada e suficiente para resguardar a ordem pública e econômica, e assegurar a aplicação da lei penal, não havendo risco para a instrução criminal”, diz trecho do pedido de liberdade provisória, sem necessidade do pagamento de fiança.

Caso o juízo não seja favorável ao pedido os advogados requerem, ao menos, que a prisão seja convertida em domiciliar. O advogado já passou por exame de corpo de delito e seguirá preso até a realização da audiência de custódia.

O caso - O caso começou por volta de 0h30 quando a mulher de 30 anos e o pai dela, com hematomas no braço, chegaram à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) no Centro para registrar a ocorrência.  Como a delegacia estava lotada, o atendente pediu que os dois aguardassem do lado de fora. Minutos depois os policiais perceberam que o homem conversava com as vítimas.

Os policiais então pediram que pai e filha aguardassem dentro de uma sala, momento em que ele também entrou, sem autorização, afirmando que iria acompanhar a ocorrência. Foi pedido que o advogado aguardasse a vez dele ser atendido do lado de fora da recepção.

Em primeiro momento ele saiu, mas logo retornou. Mais uma vez os policiais pediram que ele ficasse do lado externo e não prejudicasse o registro da ocorrência. Como estava constrangendo as vítimas para não registrarem a ocorrência, o delegado plantonista disse que ele seria preso por desobediência. Mesmo assim o advogado continuava afirmando que dali não iria sair, contudo, acabou sendo preso.

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