ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Interior

Dono de empresa de ônibus de Aquidauana diz que Prefeitura deve R$ 70 mil

Trabalhadores cruzaram os braços na segunda-feira como protesto; ex-prefeito questiona valor

Nícholas Vasconcelos e Gabriel Neris | 20/02/2013 21:32

O empresário Ariel de Barros, dono da empresa Expresso Pantaneiro, empresa que opera o transporte coletivo de Aquidauana, disse que os salários estão atrasados porque a Prefeitura deve R$ 70 mil referentes a passagens não pagas.

Os funcionários cruzaram os braços na segunda-feira (18) como forma de protesto pelo atraso nos pagamentos. Ariel conta que a dívida com os trabalhadores é de R$ 20 mil referentes à folha de pagamento de fevereiro e horas extras de janeiro.

Ele disse que a administração municipal comprava 2 mil passagens por mês que eram destinadas para os usuários do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) e Assistência Social. No entanto, ela reclama que desde maio o valor mensal de R$ 5 mil não estaria sendo pagos.

Ariel também culpou a baixa procura pelo transporte coletivo na cidade, onde muitos se deslocam a pé ou de bicicleta. Ele conta que por dia 120 passageiros utilizam os ônibus.

De acordo com o empresário, o prefeito José Henrique Trindade (PDT) foi procurado para que pagasse pelo menos R$ 20 mil dos atrasos para que os funcionários pudessem receber, mas a resposta foi negativa.

Em entrevista ontem ao Campo Grande News, José Henrique disse que não tem condições de repassar os valores e também culpou a baixa demanda de passageiros.

Os sete trabalhadores decidiram que após o prazo de 10 dias deixarão a empresa. Sem trabalhadores e com dívidas, a empresa corre o risco de não operar mais no município. O prefeito avisou que com a saída da empresa lançará edital de licitação para nova concessão.

O ex-prefeito Fauzi Suleiman (PMDB) contesta o valor cobrado pela empresa Expresso Pantaneiro. Segundo ele, o valor da dívida chega é de R$ 22 mil e não de R$ 70 mil como afirma o empresário.

Fauzi explica que a compra das passagens foi definida como forma de viabilizar o transporte coletivo na cidade e que a atual administração não tem interesse nesta continuidade.

“O problema maior é não se valorizar um serviço como este numa cidade que tem 45 mil habitantes”, disse.

Sobre a paralisação do serviço aos passageiros, o ex-prefeito lamenta que o sexto maior município do Estado não tenha essa modalidade de transporte. “Aquidauana não tinha transporte coletivo há 15 anos, nossa administração fez o estudo de rotas, de viabilidade”, comentou.

Fauzi, que está afastado por decisão da Justiça Eleitoral, disse que quer manter o transporte coletivo. A defesa do ex-administrador recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que ele possa assumir a administração de Aquidauana.

Nos siga no Google Notícias