ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Interior

Em assembleia, auditores da Receita Federal decidem manter greve

Liberação de cargas de importação e exportação está parada em postos aduaneiros em Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo

Helio de Freitas, de Dourados | 27/10/2016 12:29
Caminhões parados no posto aduaneiro da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)
Caminhões parados no posto aduaneiro da Receita Federal em Ponta Porã (Foto: Ponta Porã Informa)

A greve dos auditores da Receita Federal do Brasil vai continuar nos postos aduaneiros instalados na fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai. A decisão foi tomada em assembleia realizada hoje (27) em Mundo Novo, Ponta Porã e Corumbá.

A mobilização nos postos aduaneiros em protesto pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial, firmado em março deste ano, foi retomada na semana passada. A categoria reclama que o projeto de lei apresentado ficou completamente diferente do que tinha sido definido no acordo.

“Ontem for apresentado novo substitutivo do relatório do deputado Wellington Roberto sobre o PL 5864/2016. Veio pior que o anterior, um verdadeiro atentado jurídico e contrário à retração orçamentaria pela qual o país está passando”, comentou um auditor que trabalha em, Ponta Porã. Entre as reivindicações, os auditores cobram reajuste salarial de 21,3%.

Divisa com PR – Em Mundo Novo, a 476 km de Campo Grande, cinco auditores fiscais estão em greve, com todos os serviços internos parados. O despacho de cargas funciona, mas não às terças e quintas. “Nesses dias só desembaraçamos cargas sensíveis”, informou a representante sindical Yone de Oliveira.

Em Corumbá, a 419 km da Capital, na fronteira com a Bolívia, os auditores também decidiram hoje continuar na semana que vem com a mobilização retomada na semana passada.

Conforme a auditora fiscal Francielle Araújo de Marco, nas terças e quintas 100% dos carros e caminhões que chegam ao posto Esdras são parados e passam pelo scanner.

Apenas cargas perecíveis e consideradas perigosas são liberadas. A situação vai se repetir semana que vem e nova assembleia só deve ocorrer no dia 11 de novembro.

Em Ponta Porã, a 323 km da Capital, a mobilização afeta o despacho aduaneiro, com concentração maior no chamado “canal vermelho”, onde é feito o procedimento de verificação física de todas as mercadorias transportados nos veículos de carga, o que torna o serviço bem mais demorado e provoca filas de caminhões.

Criticado pelos auditores, o projeto de lei compartilha o reconhecimento da autoridade administrativa, tributária e aduaneira da União dos auditores fiscais com os analistas tributários. O sindicato nacional dos auditores afirma que as alterações mexem na carreira e desestruturam a Receita Federal.

Nos siga no Google Notícias