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Interior

Empresário suspeito de mandar assassinar o sócio é liberado pela Justiça

Rodinei dos Santos foi preso por destruir celular; ele alegou que iPhone tinha fotos de orgia

Helio de Freitas, de Dourados | 10/07/2021 11:47
O iPhone 11 de empresário, destruído a golpes de martelo (Foto: Adilson Domingos)
O iPhone 11 de empresário, destruído a golpes de martelo (Foto: Adilson Domingos)

O juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados (cidade a 233 km de Campo Grande) concedeu liberdade ao empresário Rodinei Alves dos Santos, 41, preso quinta-feira (8) suspeito de envolvimento no assassinato do sócio dele, Junior da Silva Bonato, o “Juninho”, também de 41 anos.

Bonato foi morto com 11 tiros de pistola 9 milímetros na noite do dia 7 deste mês dentro do escritório da transportadora pertencente aos dois, localizada no bairro Alto das Paineiras, região norte de Dourados.

Rodinei foi autuado em flagrante pelo delegado Erasmo Cubas, do SIG (Setor de Investigações Gerais), acusado de ser o mandante do crime e por fraude processual. Até agora o pistoleiro não foi localizado.

Inicialmente tratado como testemunha do crime, Rodinei alegou que seu celular, um iPhone 11, tinha sido levado pelo pistoleiro no momento do crime, mas na verdade Rodinei tinha mandado a irmã destruir o aparelho.

Usando um martelo, a irmã do empresário quebrou o celular em cinco partes e jogou as peças destruídas na região do Porto Cambira, do outro lado da cidade.

Após a apreensão do celular destruído e da confissão de Rodinei, de que tinha mandado a irmã destruir o aparelho, o delegado pediu a prisão temporária dele, mas o juiz negou o pedido e mandou a polícia soltar o empresário. Rodinei foi colocado em liberdade ainda ontem.

Rodinei Alves dos Santos, suspeito de mandar matar o sócio (Foto: Reprodução)
Rodinei Alves dos Santos, suspeito de mandar matar o sócio (Foto: Reprodução)

Swing e infidelidade – Rodinei se tornou suspeito do crime depois de apresentar várias contradições, principalmente sobre o celular. Inicialmente ele disse que o iPhone tinha sido levado pelo pistoleiro junto com a Toyota Hilux SW4 (encontrada abandonada a 4 km do local do crime no dia seguinte).

Questionado pelos policiais sobre a caixa do telefone, para permitir o rastreamento do aparelho através do IMEI (número de identificação), ele disse que a embalagem tinha sido destruída.

Entretanto, os agentes encontraram a caixa e pelo sistema de rastreamento descobriram que o último registro da localização do iPhone era de 20h30 de quarta-feira. Nesse horário, o pistoleiro já tinha fugido e a polícia já havia chegado ao local do crime.

Confrontado com os fatos, o empresário confessou ter mentido sobre o celular e contou ter escondido o iPhone no pátio da empresa e depois entregue à irmã, para que ela destruísse o telefone.

O empresário apresentou contradição até mesmo sobre o motivo de ter mandado dar sumiço ao celular. Primeiro disse que ficou com medo de sua mulher descobrir o caso extraconjugal que tem com outra mulher. Depois falou que o celular tinha fotos swing (sexo com troca de casais) que poderiam expor outras pessoas da cidade.

Antecedentes – Assim como Junior Bonato, o sócio executado na semana passada, Rodinei tem antecedentes criminais por tráfico de drogas. Ele ficou pelo menos oito anos preso em São Paulo depois de ser flagrado com 40 quilos de cocaína, em 2010.

No depoimento à polícia, ele admitiu alguns problemas com o sócio por causa da empresa, sem detalhar quais seriam. Afirmou que os dois se conheciam desde 1989, quando eram vizinhos no bairro Izidro Pedroso e tinham a empresa em sociedade há dois anos.

Rodinei também disse que a transportadora vinha faturando pouco por causa do baixo valor do frete de soja. Mesmo com a crise alegada por Rodinei, Junior Bonato tinha duas Toyotas Hilux SW4, cada uma avaliada em pelo menos R$ 230 mil.

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