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Interior

Enchente isola moradores de Anastácio e fecha comércio

As pontes que ligam o município a Aquidauana estão interditadas devido ao alto nível do rio

Guilherme Henri e Mayara Bueno, enviada especial à Aquidauana | 21/02/2018 18:31
Os moradores de Anastácio ficaram isolados (Foto: André Bittar)
Os moradores de Anastácio ficaram isolados (Foto: André Bittar)

Além de desabrigar dezenas de ribeirinhos, a enchente do rio Aquidauana isolou os moradores da cidade vizinha Anastácio – a 135 km da Capital. Metade dos comércios locais estão de portas fechadas e quem trabalha no município ao lado chegou pelo menos cinco horas atrasado nesta quarta-feira (21).

Isso porque as pontes que ligam os municípios estão interditadas devido ao alto nível do rio. O Exército auxilia na travessia com uma espécie de passarela construída sob botes. Contudo, a baixa quantidade por vez de pessoas que podem atravessar causou transtorno para quem tinha compromissos.

É o caso do empresário Douglas Farias, 35 anos. Ele relata que é dono de uma loja de utilidades domésticas em Aquidauana e tentou fazer a travessia entre as cidades às 6h45, mas só conseguiu às 12h. “Precisei entregar a chave da loja para uma conhecida que atravessou antes e passou para minha funcionária abrir a loja”, diz.

Com conta da enchente, comércios tiveram que fechar as portas (Foto: André Bittar)
Com conta da enchente, comércios tiveram que fechar as portas (Foto: André Bittar)
“O jeito é esperar", lamentou a comerciante Mareide Lima(Foto: André Bittar)
“O jeito é esperar", lamentou a comerciante Mareide Lima(Foto: André Bittar)

Além disso, quem ficou no município também enfrentou problemas. Em uma das pracinhas, que fica perto da “Ponte Velha” da cidade funciona uma espécie de galeria com 28 lojas. Por lá, a água do rio também se aproximou das lojas e pelo menos metade dos comércios estava fechado nesta tarde.

Os comerciantes explicam que não tiveram prejuízo já que a situação é preocupante mas, não é anormal para quem mora as margens de um rio. “O jeito é esperar. Como já temos costume com situações como está erguemos todos os móveis ou qualquer coisa que pudesse estragar antes que a água chegasse”, conta a comerciante Mareide Lima, 60 anos, que junto com o pai tem um restaurante no local.

O comércio era um dos que estava de portas baixas. Mas, há quem arriscou funcionar mesmo diante da situação. É o caso da comerciante Kevilyn Ferraz, 25 anos. Ela é dona de uma loja de bijuteria e como a água não invadiu o comércio ela decidiu ficar de portas abertas.

Galeria com 28 lojas ficou alagada (Foto: André Bittar)
Galeria com 28 lojas ficou alagada (Foto: André Bittar)
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