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Interior

Família só acreditou que adolescente matou bebê após exames médicos

Mariana Rodrigues | 03/06/2015 18:40
Delegado responsável pelo caso diz que jovem foi ouvida hoje novamente. (Foto: Lise Jones)
Delegado responsável pelo caso diz que jovem foi ouvida hoje novamente. (Foto: Lise Jones)
Colchão onde a adolescente realizou o parto. (Foto: Divulgação Polícia Civil)
Colchão onde a adolescente realizou o parto. (Foto: Divulgação Polícia Civil)

O delegado-adjunto Antonio Souza Ribas Júnior, da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana - distante a 135 km de Campo Grande, informou que a família da adolescente acusada de matar o filho recém-nascido e jogar em um cesto de roupas, ficou chocada ao saber do crime, e só acreditaram após exames que comprovaram o parto recente.

"Como eles não sabiam de fato o que havia ocorrido, eles ficaram chocados e só acreditaram após a realização de exames médicos que comprovaram que ela realizou o parto".

A família não desconfiava da gestação da adolescente, já que a mesma estava acima do peso, e não levantava suspeitas de uma possível gravidez.

A acusada foi ouvida novamente nesta quarta-feira (3), desta vez pelo delegado Ribas, porém ele não quis adiantar o andamento das investigações. A menor vai responder por ato infracional, homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver.

Contradição - Segundo a conselheira tutelar de Aquidauana, Naiza Neli da Silva Cristaldo Voadora, informou que o Conselho foi acionado no domingo, após o médico que atendeu a adolescente ter desconfiado da história que ela contava ao chegar no hospital com sangramento.

"Aos médicos ela disse que desconfiava que estava grávida e havia sofrido um aborto espontâneo", disse Naiza. Depois de realizar os exames, o obstetra viu que a menor tinha todos os indícios de que havia passado por um parto.

Após os exames, ela mudou a versão dizendo que achava que estava grávida de sete meses, por isso teria provocado um aborto. "Durante o tempo em que ela estava no hospital, ela mudou a versão várias vezes. Por último ela disse que estava grávida de sete meses e teria provocado o aborto, mas em nenhum momento disse que fez o parto e matou o recém-nascido", diz a conselheira que conta que nunca registou nenhum caso semelhante a esse no município.

A adolescente só confessou o crime após ser ouvida pela delegada plantonista da delegacia de Aquidauana. Durante o depoimento, ela disse que sufocou o bebê até a morte e o jogou no cesto de roupa suja de seu quarto.

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