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Interior

Fornecedor de armas do PCC e de guerrilheiros paraguaios é preso na fronteira

Bruno da Costa Amaral é dono de loja de armas em Salto del Guairá, perto de Mundo Novo

Helio de Freitas, de Dourados | 25/03/2021 09:46
Comerciante de Salto del Guairá com cabeça coberta entre policiais paraguaios (Foto: ABC Color)
Comerciante de Salto del Guairá com cabeça coberta entre policiais paraguaios (Foto: ABC Color)

Comerciante da fronteira foi preso ontem (24) em território paraguaio acusado de fornecer armas para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e para guerrilheiros marxistas do EPP (Exército do Povo Paraguaio). Em luta armada com o governo do Paraguai, o grupo terrorista é responsável por vários sequestros de políticos e fazendeiros nos últimos anos.

Bruno da Costa Amaral é dono da casa de armas “Rosi”, localizada em Salto del Guairá, cidade paraguaia localizada a menos de 20 km de Mundo Novo (a 476 km de Campo Grande). Apesar do nome, Bruno tem nacionalidade paraguaia.

Ele foi preso por agentes do departamento antissequestro e antiterrorismo da Polícia Nacional em ação acompanhada pelo promotor de Justiça Federico Delfino.

Segundo a polícia paraguaia, na loja foram apreendidas duas pistolas, uma calibre 9 milímetros e outra calibre 45, as duas com seletor de rajadas, ou seja, armas com venda proibida. Também foram apreendidos pelo menos 500 cartuchos de grosso calibre.

Fontes policiais ouvidas pelo jornal ABC Color afirmam que Bruno é o irmão mais velho de família ligada ao tráfico de armas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

Investigações policiais encontraram fortes indícios ligando os irmãos Da Costa Amaral ao fornecimento de armas e munições para o EPP e para a facção brasileira PCC, que há quase cinco anos tenta dominar sozinha o tráfico de drogas na linha internacional. Centenas de execuções ocorridas nos últimos anos são atribuídas ao Primeiro Comando da Capital.

Bruno da Costa Amaral já estava sendo processado por contrabando, associação criminosa e lavagem de dinheiro após a apreensão em sua casa, em 2017, de 658 bolsas com notas de 50 e 100 bolívares, moeda venezuelana. Os irmãos dele, José Andrés e Erillo, além de Luis Alves da Silva, o “Sombra”, e Bruno Fromhers Mongelós também são processados na mesma ação.

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